Importações caem 41% no segundo trimestre do ano
COMÉRCIO. O cimento hidráulico, principal matéria-prima para o fabrico do cimento Portland, continua a ser o produto mais importado. Mas que também, registou uma queda de 13,27%, em relação a 2015.
Os produtos importados por Angola, no segundo trimestre de 2016, atingiram 1.119.343,02 toneladas, uma redução de 41% face as 1.897.249,06 toneladas importadas no período homólogo do ano anterior, indica o Conselho Nacional de Carregadores (CNC), no seu mais recente Boletim Estatístico.
O cimento hidráulico, também designado por clinker, principal matéria-prima para o fabrico do cimento Portland, continua a ser o produto mais importado. No período em análise, foram importados 196.476,33 toneladas deste produto, apresentando, ainda assim, uma queda de 13,27% em relação ao mesmo período de 2015.
Os bens alimentares, tal como tinha acontecido nos três primeiros meses do ano, continuam em queda, com excepção do açúcar e massas alimentares. O arroz, segundo produto mais importado, caiu 28,84%, a farinha de trigo 38,05%, uma diferença de 38.637,48 toneladas.
Dos dez produtos mais importados, segundo o CNC, seis são bens alimentares, como o arroz, açúcar, farinha de trigo e de cereais, carnes e miudezas, óleo de soja e malte.
Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta que os preços, em Luanda, subiram 38,18% nos últimos 12 meses, até Agosto, renovando ápices históricos e atingindo a nova previsão do Governo para todo o ano de 2016, que consta do Orçamento Geral do Estado revisto.
Segundo o CNC, a importação de veículos continua em queda livre e resume uma “resposta clara do mercado em função da escassez de divisas para a dinâmica das trocas comerciais”. Durante esse período, a importação de automóveis caiu 86,57%. Entraram, via marítima, 1.074 viaturas, menos 6.921 em relação ao mesmo período do ano passado.
COREIA DO SUL À FRENTE
O continente asiático continua a ser a preferência dos importadores angolanos. A Coreia do Sul ultrapassou a China, com 146.370,97, toneladas nesse trimestre, embora tenha apresentado uma taxa negativa de 27,26% em relação ao período homólogo.
A China e Portugal apresentaram perdas na ordem dos 59% e 54% respectivamente. A Turquia mereceu destaque, com uma variação de crescimento das exportações para Angola de 47,62%.
Angola importou da Ásia 434.400,42 toneladas, um decréscimo de 47,5% em relação ao período homólogo. A Europa ocupou a segunda posição com 427.842,07 toneladas, menos 220.056,28. O continente americano apresentou a menor queda com o registo de menos 27,29% do volume de carga importada.
MAIORES IMPORTADORES
A Nova Cimangola mantém a posição sólida de líder nas importações com um total de 151.637,48 toneladas, um aumento de 3,24% face ao mesmo período de 2015. A Cimenfort Industrial ocupa a segunda posição com 85.533,43 toneladas e um aumento na importação de até 109,70%. A terceira é ocupada pela Angolissar que indicou uma tendência decrescente no volume das importações de, pelo menos, 73,17%.
A Niledutch foi a maior operadora marítima, quer em quantidade de toneladas como em unidades transportadas. De acordo com o boletim, durante o segundo trimestre, a companhia transportou 179.745,95 toneladas menos 108.902,73 em relação ao período homólogo.
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