Indústria têxtil arranca em Julho
SECTOR INDUSTRIAL. As três unidades têxteis devidamente modernizadas começam as vendas a partir de Julho. Trata-se da Nova Textang II, em Luanda, da antiga Satec, no Dondo, e da Alassola, em Benguela.
O arranque da indústria têxtil, depois de 15 anos paralisada, resulta de um impulso do Japão, através de uma linha de financiamento do Banco de Cooperação Internacional nipónico, intermediada pelo Governo angolano.
A fase de ensaio das máquinas e da formação dos trabalhadores está concluída. Neste momento, ultimam-se os acertos de agenda para as inaugurações. A garantia é conjunta dos gestores Matos Cardoso, presidente do conselho de administração (PCA) da Satec, Hélder David, PCA da Textang II, e Tambwe Mukaz, PCA da Alassola (antiga África Textil), durante uma visita da ministra da Indústria, Bernarda Martins, às três unidades.
Na cadeia de valor, cada uma das três unidades vai concentrar-se num segmento de modo a evitar concorrência entre si. A Textang II vai produzir tecidos para abastecer essencialmente a casa militar, hospitais e escolas. A Satec tratará de tecido para a confecção de camisolas e calças de ganga e a Alassola vai produzir tecidos para lençóis, toalhas e cobertores, com os olhos na redução das importações e da saída de divisas.
A matéria-prima será o grande constrangimento. 100% do algodão ainda é importado. Só a SATEC precisa anualmente 27 mil toneldas deste produto. Mas, para já, foi importado da Índia e da Grécia o suficiente para garantir o funcionamento do primeiro ano de actividade. A expectativa é que, a curto prazo, o país comece a produzir algodão para alimentar a indústria.
Do financiamento do Banco de Cooperação Internacional do Japão, 410 milhões de dólares foram investidos na Satec, 235 milhões de dólares na Textang II e 480 milhões de dólares na Alassola. Para impulsionar o sector foi também criada a Associação das Industrias Têxteis e Confecções de Angola, cujo acto de proclamação aconteceu na semana passada.
JLo do lado errado da história