Industrialização de sumo de mandioca aguarda financiamento
Agricultura. Produtora deseja vender em outras zonas do país e exportar sumo de mandioca. Aguarda crédito de 150 milhões de kwanzas há oito anos.
A empreendedora no sector agrícola Lando Paulina André está impossibilitada de aumentar a produção de sumo de mandioca por falta de financiamento.
Já se passaram três anos desde que começou a produzir de forma artesanal na comuna do Kuilo Futa, Maquela do Nzombo, no Uíge. Faz sumo de mandioca com ou sem gengibre.
O maior desejo é produzir de forma industrial. Enquanto não é concretizado, a produção é feita à base das solicitações e clientes habituais em garrafas reutilizadas de 500 miligramas ao preço de 200 kwanzas.
Lando Paulina André conta que desde 2016 luta para conseguir um crédito de 150 milhões de kwanzas de modo a industrializar o sumo e estender a produção de mandioca e outras culturas num espaço de 5 mil hectares.
“Desde 2016 que estou com o processo no BCI, cada ano mandam renovar, tudo isto é custo. Tinha um estudo de viabilidade de 150 milhões de kwanzas, agora disseram-me que o banco foi vendido. Juntando todo o dinheiro que perdi no estudo de viabilidade e tratando outros documentos já gastei mais de 12 milhões de kwanzas”, lamenta.
Recorda que no dia em que o presidente a homenageou, juntamente com outros empresários, deu a conhecer que já tinha 300 hectares, dos 5 mil, desmatados, para “transformar mandioca em fuba, amido e sumo, soja e ração animal, mas não tem ninguém que me apoie até hoje.”
A produtora espera captar parceiros e investidores do projecto na Feira Internacional de Luanda (Filda), ainda que seja somente para aumento da produção agrícola, com aquisição de semeador, plantador e arrancador de mandioca e pulverizador.
Outrossim, explica que ficou impedida de concorrer ao concurso público de aquisição de carrinhas para o escoamento dos produtos de campos promovido pelo Ministério da Indústria e Comércio.
“Concorri para receber as carrinhas do ministério, disseram-me que não podia receber porque beneficiei do alívio económico “, lamenta. O estado degradado das vias de acesso à comuna é outro problema que preocupa a empreendedora.
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