INE quer saber todos os dados das empresas
ESTATÍSTICAS. Instituto liderado por Camilo Ceita obriga empresas a actualizarem dados. Desde 2016 que não há novas informações. INE ‘desconfia’ que muitas empresas estejam a funcionar, apesar de declararem falência ou inactividade.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) quer, a partir deste ano, ‘acertar o passo’ no controlo das empresas, obrigando-as a fazer a actualização de dados anualmente, o que não sucede desde 2016.
Os últimos dados ainda se referem ao período entre 2013 e 2016. O INE, antes de entrar nas penalizações previstas por lei, iniciou, na semana passada, uma campanha de sensibilização sobre a necessidade do registo estatístico e a actualização anual dos dados das empresas, nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, de todos os ramos, independentemente da dimensão. O chefe do departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística, Agostinho Sardinha, afirmou, ao VALOR, que “o grande desafio da instituição é fazer com que todas as empresas actualizem os dados”. As entidades sem registo estatístico ou sem actualização dos dados incorrem em transgressões estatísticas, sujeitas a penalizações previstas na Lei do Sistema Estatístico Nacional e em dois decretos que estabelecem, nestes casos, uma recolha directa e coerciva de dados. Entre 2013 e 2016, de acordo com o INE, 152.359 empresas estavam registadas. Destas, 104.088 declararam estar em situação de “aguardarem início de actividade”, desde que efectuaram o primeiro registo. No entanto, o INE admite que algumas delas podem já estar a funcionar.
Luanda continua a concentrar grande parte da actividade empresarial, representando 58% das empresas, seguida de Benguela.
JLo do lado errado da história