PAÍS TEM APENAS UM POSTO DE PESAGEM

INEA falha instalação de balanças para controlo de carga

OBRAS PÚBLICAS. INEA previa, até 2021, a instalação de 31 balanças fixas e seis móveis, com as primeiras cinco programadas para o ano passado.

 

O projecto de instalação de balanças, nas principais estradas do país, para o controlo de cargas de veículos pesados está emperrado desde ano passado, por dificuldades financeiras, soube o VALOR de fonte próxima do processo.

No plano do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA)está prevista a instalação de 31 balanças fixas e seis móveis até 2021, no entanto, das cinco inicialmente programadas para o ano passado, foi instalada apenas uma – a do troço Maria Teresa-Dondo -, restando a montagem dos equipamentos. A do troço Chibia-Huila está paralisada, por questões administrativas como facturação e pagamento, o mesmo estado em que se encontra a que seria instalada no Panguila, em Luanda.

Assim como o ano passado, para 2017 estava prevista a instalação de cinco balanças em várias estradas nacionais, mas não há garantias de que avancem pelas mesmas razões. “O país tem muitas prioridades devido às dificuldades financeiras”, justificou a fonte, lembrando que o país conta, até ao momento, com apenas uma balança em funcionamento na estrada número 100, na Barra do Kwanza.

O orçamento para a instalação dos cinco postos de pesagem de carga rondaria os 25 milhões de dólares. Cada posto, com duas balanças nos dois sentidos, custa cerca de cinco milhões de dólares, sendo que cada infra-estrutura comportaria cerca de um quilómetro e meio, com uma faixa de aceleração e outra de desaceleração e um parque.

Especialistas em engenharia consideram que a instalação de balanças para o controlo de carga de pesados é uma das soluções para a maior durabilidade do tapete asfáltico das estradas nacionais, principalmente aquelas de maior tráfego de mercadoria. Por exemplo, um tapete asfáltico com vida útil calculada de dez anos, com excesso de carga de 10%, reduz a sua duração para menos de cinco anos. E se o excesso atingir os 30%, o tempo útil de vida reduz para menos de dois anos.

O excesso de carga, somado à falta de conservação e um programa de manutenção contínua, o aumento exponencial do volume de tráfego e o mau uso das vias são as razões que motivaram o INEA a criar o Plano Director de Pesagem de Cargas Rodoviárias de Angola (PDPCRA).