Insegurança dos investidores deixa títulos de dívida angolana em queda
Finanças. Os rendimentos dos títulos da dívida angolana, de média e longa maturidade, sofreram um recuo, sendo os únicos, comparativamente aos outros países do continente africano, a fecharem em baixo desempenho.
Os eurobonds angolanas, de média e longa maturidade, contrariaram a tendência de crescimento observada em Setembro, ao registarem ligeiras diminuições no fecho das contas de Outubro, com a excepção da yield da palanca 2025, impulsionado pela insegurança dos investidores.
As palancas com a maturidade fixada em 2028, 2029, 2032, 2048 e 2049 registaram reduções de 11,40 p.b., 10,20 p.b., 18,00 p.b., 7,40 p.b. e 8,10 p.b., respectivamente. A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) atribui a performance decrescente à insegurança dos investidores aos títulos diante da recuperação do mercado petrolífero.
“As eurobonds com maturidade superior, que representam um risco mais elevado, registaram reduções. Este decréscimo poderá ter sido influenciado pela percepção de segurança dos investidores, em meio à contínua recuperação da produção petrolífera angolana, que superou as expectativas em 43% de Agosto a Setembro, apesar das severas secas no sul do país, assim como pela subida da cotação do brent em 1,55% de Setembro a Outubro”, justifica.
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