Internacionalização da TCUL em risco
TRANSPORTES. Operadora pública pretendia entrar nas rotas internacionais este ano, mas vê-se impedida por falta de recursos, situação agravada pela crise sanitária da covid-19.
Os planos da empresa pública de transportes colectivos que previam a abertura de rotas internacionais, este ano, com destaque para o Congo Democrático e a Namíbia, estão comprometidos, face ao silêncio do Ministério dos Transportes de quem depende a aprovação de um processo de crédito para financiar a operação.
Amélia Escórcio, responsável do gabinete de comunicação institucional da TCUL, explica, ao VALOR, que o financiamento, previsto no plano estratégico, visa a aquisição de novos autocarros. Mas o aval do Ministério vai-se tornando cada vez mais remoto, face ao agravamento da crise económica, em resultado da pandemia da covid-19.
Com as dúvidas sobre a concretização do financiamento, ficam também ‘pendurados’ os planos para a aquisição de peças sobresselentes, que permitiriam repor em circulação vários autocarros há algum tempo avariados, o que contribuiria para o alargamento da frota e para a facturação da empresa que se debate com dificuldades financeiras desde 2014.
Actualmente, a empresa opera em algumas zonas urbanas de Luanda e faz ligação entre a capital e Malanje, Uíge e Huambo. Com as restrições impostas pelo estado de emergência, devido à pandemia do novo coronavírus, a empresa contabiliza “gigantescos” prejuízos.
A transportadora está, no entanto, a aproveitar o levantamento da cerca sanitária nas restantes províncias, excepto Luanda, para continuar a operação, tendo enviado cerca de 20 autocarros a Malanje e Huambo, no sentido de fazerem ligação com as províncias vizinhas.
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