INVART investe nas criptomoedas
DINHEIRO DIGITAL. Entre outros objectivos, aposta visa contrapor dificuldades de acesso às divisas, segundo Valdick Faria, fundador da empresa.
A empresa angolana de tecnologia e gestão de investimento Invart vai, nos próximos dias, lançar-se no mercado das moedas digitais, apesar de estar ainda distante da realidade do país.
Com o propósito de acompanhar “as mudanças em grande velocidade observadas no ramo da tecnologia no século XXI”, o seu fundador, Valdick Faria, justifica a aposta como “uma solução diante da ausência gritante de divisas”, já que as criptomoedas, sendo moedas digitais, operam da mesma maneira em qualquer parte do mundo.
“É um sistema financeiro descentralizado tirado das mãos de muita gente poderosa”, esclarece Valdick, acrescentado que acaba também “com a lentidão ineficiência e burocracia existente nas instituições financeiras tradicionais”.
Além de facilitar na transação comercial, o empreendedor explica que o serviço da Invart “é inclusivo”, porque permite, através de um telefone ou computador, participar na economia global independentemente do nível social. “Temos o direito de fazer compras no Ebay, Amazon e Alibaba, tal como os americanos, europeus e em alguns países de África”, observa, acrescentando que será assegurada a oportunidade os empreendedores angolanos “atingirem patamares elevados”, à semelhança a dos países do primeiro mundo. “Ouço sempre falar em jovens com espírito empreendedor, a que tipos de empreendimentos se estão a eferir? Cantinas?!”, questiona. “Nós também queremos construir negócios e aplicativos bilionários, gerar centenas de empregos, atrair dinheiro para o país, contribuir na economia e queremos competir a níveis internacionais”, responde o próprio.
Ao contrário das moedas tradicionais que, quanto mais estiverem em circulação perdem o valor, o bitcoin, explica o empreendedor, nunca se desvaloriza diante de utras moedas ou flutuações do mercado financeiro.
O jovem, formado em Criptomoedas, Blockchain, Edução Financeira e Mercados, explica que a criptomoeda supera o dólar em todos os aspectos pelo facto de tirar a fricção na transferência de fundos entre duas partes. “Envia-se de um ponto do mundo para outro apenas em segundos, converte a moeda para qualquer outra que se deseja e tira a necessidade de contas bancarias”, detalha. A moeda digital permite ainda ao usuário guardar e monitorizar todas as transações em tempo real, ter o controlo pleno do seu dinheiro, bem como “ver as origens e destinos dos pagamentos, até o paradeiro deste dinheiro a tempo real”, através do Blockchain.
De acordo com o relatório publicado em Agosto de 2018 pelo Ecobank, África do Sul e a Suazilândia são os países africanos onde a moeda digital é mais utilizada, os outros temem pelos riscos. Na Inglaterra, a concessionária Stephen James BMW permite a compra de carros com criptomoedas. Igualmente, nas próximas versões do programa Primavera, estará incluído a opção bitcoin.
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