INCREMENTO PODE ATINGIR MAIS 70 MILHÕES USD

Israel negoceia aumento ?de seguro de risco político

PARCERIAS. País do médio oriente garante ter já disponibilizado cerca de 120 milhões de dólares para assegurar o ‘risco político’ em Angola, visando o incremento do investimento israelita no mercado nacional. Estados sentaram-se recentemente à mesma mesa para estabelecer novas parcerias empresariais.

 

O Estado de Israel está a negociar com as autoridades angolanas o aumento do valor do seguro de risco político, criado por aquele país, para impulsionar actividades empresariais de investidores israelitas no mercado nacional.

A revelação é do presidente da Câmara de Comércio Israel-Angola, Hain Taib, que declarou que o seu governo já disponibilizou, até ao momento, 120 milhões de dólares de seguro de risco político para financiar o crédito da banca nacional, destinado ao fomento da actividade empresarial. Hain Taib, que falava durante o I fórum empresarial entre Angola e Israel, decorrido recentemente, em Luanda, garantiu que existe a possibilidade, por parte de seu país, de se alargar o valor do seguro em causa para 50 ou 70 milhões de dólares adicionais, nos próximos tempos.

O empresário manifestou a vontade de os israelitas investirem em Angola, mas apelou às autoridades angolanas para a aposta na capacidade financeira da classe empresarial local, através do reforço do crédito bancário, para permitir a aquisição de maquinaria e de recursos profissionais.

Por sua vez, o embaixador de Israel em Angola, Oren Rosenblat, anunciou que o seu país deverá investir mais de 20 milhões de dólares, nos próximos tempos, em vários sectores da actividade económica em Angola. “Temos muito potencial comercial entre Angola e Israel. Neste momento, os números não são muitos altos, porque, em 2016, foram movimentados cerca de cinco milhões de dólares, mas perspectivamos aumentar este valor nos próximos anos”, garantiu.

O embaixador de Angola em Israel, Feliciano António dos Santos, indicou, por seu lado, que as parcerias bilaterias devem ser direccionadas para as pequenas e médias empresas, de modo a incentivar o empresariado nacional privado, fomentando o seu desenvolvimento e a criação de mais empregos.

O diplomata considera que as pequenas e médias empresas têm sido os principais suportes de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países desenvolvidos, por contribuírem para a redução do desemprego.

O I fórum empresarial entre Angola e Israel permitiu trazer, ao mercado nacional, 15 empresários do país do médio oriente que actuam em diversos sectores de actividade em busca de parcerias locais.

Israel é considerado um dos países mais avançados do sudoeste da Ásia em matéria de desenvolvimento económico e industrial, segundo o Banco Mundial.

As exportações daquele país para Angola cifraram-se, em 2014, em cerca de 64 milhões de dólares, distribuídos em maquinaria, metais, transportes, plásticos e borracha, instrumentos, têxteis, vegetais, produtos alimentares e produtos químicos. Já Angola exporta, sobretudo, diamantes e petróleo para o mercado israelita.