IXP poupa milhões às operadoras
A entrada em funcionamento do novo nó de interligação dos provedores de serviços de internet, denominado IXP, numa iniciativa da Associação Angolana de Provedores de Serviço de Internet (APPSI) e da empresa Internet Tecnologies Angola (ITA), vai “proporcionar melhor conectividade, troca e acesso a conteúdos digitais e redução dos altos custos das operadoras nacionais de telecomunicações na compra de serviços de internet a fornecedores internacionais”, garantem os promotores. O IXP entrou em funcionamento e já está disponível desde a semana passada.
Até agora, o fornecimento internacional era responsável por 80% do tráfego em Angola. Uma percentagem “tão elevada que põe em risco a segurança nacional e das operadoras”, adverte Sílvio Amada, presidente da AAPSI. Os dados trocados internamente têm primeiro como destino a origem do fornecedor internacional. Além disso, para Angola ter acesso ao serviço de internet, as operadoras gastam milhões de dólares com fornecedores internacionais. Muitas chegam a pagar cerca de 200 mil dólares por 10 gigabytes.
Com o lançamento do novo nó IXP, adianta Sílvio Amada, as operadoras têm a possibilidade de reduzir substancialmente os gastos e vão passar, caso subscrever ao IXP, a pagar uma taxa anual de 1,5 milhões de kwanzas ou menos, dependendo de que posição tomar diante da associação. A opção pelo fornecedor nacional vai permitir a redução do preço do serviço de internet ao consumidor final e a atracção de vendas de conteúdo digital.
Nos próximos tempos, através do IXP, as duas entidades esperam vender tráfego aos países da região da SADC, com grande destaque aos dois Congo, visto que, optando por fornecedores ocidentais deparam-se com uma latência de 250 mil segundos ou mais, ao passo por Angola uma latência de 25 a 30 mil segundos.
ITA investe 25 milhões USD
A empresa Internet Tecnologies Angola (ITA) investe, em média anual, 25 milhões de dólares em infra-estruturas. Tem em forja o projecto de ligação terrestre, através de cabo de fibra óptica, nas regiões fronteiriças de Angola com fito de vender serviço de internet aos dois Congo e à Zâmbia. Actualmente, comercializa serviços de internet via satélite a alguns países africanos.
JLo do lado errado da história