JLo deve explicar contornos da dívida
Na visita do Presidente João Lourenço a Portugal deve ser clarificado o valor global da dívida às construtoras e as modalidades da sua regularização.
Os portugueses recebem, entre 22 e 23 de Novembro, o chefe de Estado angolano que leva na ‘bagagem’ o reforço da amizade entre os dois países, mas o domínio económico é obviamente o destaque desta digressão pelo país ibérico.
Em Setembro último, por altura da visita do primeiro-ministro português António Costa a Luanda, estimativas angolanas fixavam a dívida às empreiteiras lusas em 300 milhões de euros, mas cálculos de entidades portuguesas colocavam o valor dos ‘atrasados’ entre 400 e 500 milhões de euros.
Na ocasião, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, afirmou que, quanto às dívidas que “não precisam de ser reconhecidas” e que “constam do sistema”, devem situar-se nos 30 mil milhões de kwanzas - cerca de 90 milhões de euros à taxa de câmbio actual.
“São dívidas que não constam do nosso Sistema Integrado de Gestão do Estado e que precisam de verificação e reconhecimento”.
Perante empresários portugueses, Archer Mangueira anunciou a “intenção” do Governo de “fechar o processo de reconhecimento e certificação até Novembro”, sublinhando, no entanto, que “a negociação sobre a regularização da dívida seria feita de forma individual com cada uma das empresas”.
Em resposta recebeu elogios do ‘premier’ português. “Quero aqui sublinhar perante muitas das empresas portuguesas, ou luso-angolanas, que apreciei especialmente a forma aberta, franca e transparente como o senhor ministro das Finanças de Angola aqui se referiu ao trabalho que está a ser feito”, avaliou António Costa, acrescentando: “Temos vindo a trabalhar ao longo do último ano com as autoridades angolanas, tendo em vista resolver problemas de anos anteriores”.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...