Discurso de fim de ano

JLo fala em “um ano difícil”

O Presidente João Lourenço reconheceu que o país voltou “a enfrentar um ano difícil”, decorrente de “uma conjuntura interna e internacional de contornos críticos”, e destacou o papel do sector empresarial na tomada de decisões inseridas “numa perspectiva de mudança”, que, na sua óptica, “vai dando lentamente os seus frutos”, contrariando “visões pessimistas daqueles que duvidam que Angola vive novos tempos”.

JLo fala em “um ano difícil”
D.R.

 

Confiante, o chefe de Estado insiste que “esse apoio nos demonstra que a via escolhida para a implementação de um novo paradigma de governação do país foi a mais correcta e responde às expectativas do nosso povo, que voltou a acreditar que o progresso e desenvolvimento de um país e a felicidade assentam numa sociedade que valoriza o trabalho, a disciplina e a prestação de contas”.

João Lourenço tem, por outro lado, noção de que “muitos dos avanços registados ainda não se reflectem de forma directa na vida da população”, ‘fustigada’ “pelo agravamento do preço dos produtos da cesta básica por força da especulação de alguns comerciantes desonestos e da baixa oferta de bens essenciais de produção nacional”.

Reconhecendo “serem muitas as dificuldades sentidas”, sobretudo nos sectores sociais como educação e saúde, o Presidente enumerou tímidos progressos, sobretudo no que tange à “defesa dos direitos fundamentais, da exigência de maior rigor na gestão dos recursos públicos, do combate ao nepotismo, à impunidade e da luta contra a corrupção”.

Num momento em que o país se vê acossado por uma onda de falência de empresas e daí o elevado desemprego, Lourenço garante que o Executivo sob seu comando “vem tomando todo o tipo de medidas  de fomento ao aumento da produção interna de bens e serviços, do aumento das exportações e da oferta do emprego”, sendo que, para essa hercúlea tarefa, “contamos com o investimento do sector empresarial privado e estrangeiro”.

Mas o investidor estrangeiro ainda olha para Angola muito reticente devido a um ambiente de negócios que não é dos melhores, como têm destacado ao longo do ano vários empresários e instituições de peso internacional.