JLo volta à Rússia em Outubro
O Presidente da República, que esteve durante quatro dias de visita à Rússia, para o reforço das relações bilaterais, volta novamente a Moscovo para participar no fórum Rússia-África, agendado para 24 de Outubro. O convite foi formulado pelo presidente russo, Vladimir Putin, que considerou o evento “uma oportunidade de continuar o diálogo com Angola”, visando novos caminhos para o desenvolvimento da cooperação económica.
João Lourenço visitou a Rússia para, entre outros assuntos, avaliar o andamento da construção do satélite angolano, depois do falhanço do primeiro, lançado em Dezembro de 2017 e entretanto desaparecido. O chefe de Estado vincou, em conferência de imprensa, que foi por isso que integrou, na delegação o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha. “Por ser uma questão importante, é óbvio que não aguardamos apenas a nossa vinda à Rússia para ter informação sobre esta matéria”, afirmou o Presidente, informando ainda que “o satélite de reposição está a ser construído de forma satisfatória e, enquanto não nos for entregue, Angola beneficia de um espaço num outro satélite russo, para que não fique neste vazio”.
O consórcio russo, responsável pela construção e lançamento do primeiro satélite, que falhou as comunicações com a terra, está a construir outro desde Abril de 2018, e que pode ser concluído no próximo ano, sem custos para Angola.
O PR classificou como “excelentes e privilegiadas” as relações político-diplomáticas com a Rússia e defendeu mais investimento privado daquele país europeu em Angola. Lamentando que “poucas empresas russas estejam a operar no mercado” e que “estejam limitadas apenas à exploração e produção de diamantes, ao sistema financeiro e à construção de barragens hidroeléctricas”, João Lourenço desafiou os empresários russos a investir no país.
Para ele, Angola tem todo o interesse em alterar o quadro, através do estabelecimento de parcerias público-privadas ou da criação de empresas mistas, particularmente na indústria transformadora, agro-indústria, pescas, energia eléctrica, turismo, geologia e minas, entre outros sectores prioritários.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...