KFC arrefece investimentos em 2018
CRISE. Consumo em queda e desvalorização do kwanza impedem abertura de lojas este ano, pelo grupo Ibersol. Aposta vira-se para a melhoria de serviços.
A empresa Ibersol Angola, proprietária da rede de restaurantes de comida rápida KFC, descarta a abertura de novos espaços em Angola em 2018, revelou o director-geral, José Cunha, que justifica o travão nos investimentos com as restrições financeiras que “não são favoráveis à expansão da rede”.
Com o corte no investimento em novas unidades, a empresa vira-se agora para a “melhoria da prestação de serviço”, como o principal desafio deste ano, como adianta o seu responsável número um.
Por apurar de forma consolidada está ainda a facturação do exercício de 2017 que José Cunha estima, entretanto, em aproximadamente quatro mil milhões de kwanzas. Resultado que, somado aos dos restantes últimos anos, José Cunha considera “positivo”, apesar de os negócios do grupo terem sido afectados pela crise financeira que “está a perturbar o consumo”.
A Ibersol Angola possui 10 restaurantes em Angola. Nove em Luanda, oito dos quais da rede KFC e um da Pizza Hut. Benguela acolhe a décima unidade e único KFC fora de luanda. Sobre a matéria-prima, José Cunha afirma que o grupo se “esforça sempre” em adquiri-la em Angola, mas adianta que isso “nem sempre é possível por dificuldades do mercado”.
A Ibersol Angola faz parte do grupo empresarial Ibérico Ibersol, que conta também com investimentos em Portugal e Espanha. O relatório e contas do terceiro trimestre de 2017 assinala que o volume de negócios ascendeu a 332,5 milhões de euros, registando um crescimento de 87,4%, face aos 177,5 milhões de euros do período homólogo.
O documento também revela que o resultado líquido consolidado, no final dos primeiros nove meses de 2017, atingiu o valor de 21,8 milhões de euros, 3,8 milhões euros superior ao período homólogo de 2016. Estes números referem-se a Portugal.
Quanto aos resultados de Angola, o documento assinala que, a partir do segundo trimestre, se verificou uma inversão da tendência de crescimento. E destaca que “a evolução do consumo e a desvalorização do kwanza representam as principais incertezas da Ibersol, “apesar da reduzida dimensão do negócio do grupo” no país.
O relatório indica ainda que o financiamento da filial angolana, em moeda estrangeira, está estimado no montante de 1,125 milhões de dólares, o que “não apresenta grande exposição em função do reduzido montante, enquanto os restantes financiamentos contraídos pelas filiais angolanas estão denominados na moeda local”.
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