Marcolino Moco afastado da Sonangol
O Presidente da República exonerou, hoje, Marcolino Moco do cargo de administrador não-executivo da petrolífera Sonangol e foi substituído pela antiga ministra da Indústria e ex-embaixadora, Bernarda Martins.
Marcolino Moco é afastado do cargo para o qual foi nomeado em Janeiro de 2018 depois de recentemente ter se manifestado contra o que classificou como “bullyng racista e xenófobo” à volta do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior.
No facebook, o ex-secretário-geral do MPLA escreveu que "ouvir ou insinuar-se que o líder da UNITA não é angolano é motivo de preocupação" e que "ouvi-lo de várias bocas e agora pressenti-lo num comunicado do BP [Bureau Político] do MPLA, é algo que me deixa muito preocupado".
O texto foi escrito a 7 deste mês. Cinco dias depois, o antigo primeiro-ministro, num longo texto que começou por avisar que não iria ficar calado, foi mais contundente: "Angola está a perder mais uma oportunidade para começar a laborar no quadro de uma estratégia de estabilização nacional. Assim o fizeram, para citar exemplos próximos, a África do Sul e a Namíbia e funcionam; o Zimbábue fez e desfez e hoje não funciona, até corrigir de novo, se o conseguir, vamos lá ver. As estratégias de estabilização não se compadecem com ideias de exclusão, a favor de estratégias partidárias de manutenção ou conquista do poder".
Pelo Presidente da República, foram ainda exonerados da Sonangol, Josina Baião, Luís do Nascimento José Maria e Osvaldo de Lemos Macaia, todos da Administradores Executivos.
Para o novo conselho de administração da Sonangol, foram escolhidos Olga Sabalo Miranda, Kátia Lutucuta, Osvaldo Inácio.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...