SEGUNDO O RANKING DA FORBES

Mary Meeker, a maior investidora de riscos do mundo em 2018

16 Apr. 2018 Valor Económico Gestão

DISTINÇÃO. Investidora norte-americana foi distinguida este ano como a mulher que maior investimento aplicou em fundos de capital de risco, em todo o mundo, tendo-se posicionado em sexto lugar na classificação geral de um ranking da Forbes sobre a matéria.

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Ex-analista de títulos da Wall Street e actualmente sócia da firma de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, Mary Meeker foi distinguida pela revista Forbes como a maior investidora de risco do mundo em 2018, ocupando o 6.º lugar no ‘ranking’ ‘Lista Midas’.

A distinção de Mary Meeker é justificada pela Forbes pela “lucidez” que teve na aposta que efectuou em empresas como a Airbnb, o site de comércio chinês JD.com, Slack, Spotify ou ainda no Facebook.

Mas a investidora norte-americana tem estado a demonstrar também valências noutras áreas. Desde que o maior sócio da Kleiner, John Doerr, deixou de ser responsável pelos novos fundos da empresa, Meeker assumiu mais uma responsabilidade e ajuda a liderar a equipa de capital digital, que se foca em empresas de internet em crescimento.

Distinguida em 2014 como a 77.ª mulher mais poderosa do mundo, também pela Forbes, Mary Meeker tornou-se, pela primeira vez, a maior investidora de risco do planeta, em 2016, lugar antes pertencente a Jenny Lee, da GGV Capital, que ocupou o 10.º lugar em 2015.

A ‘lista Midas’, produzida com a participação da True Bridge Capital Partners, enumera os investidores de risco com base no número e volume de negócios ao longo dos últimos cinco anos, sendo que os mais ousados, ainda que em estágio inicial, têm maior peso. O ‘ranking’ considera apenas a abertura de capitais de mais de 200 milhões de dólares.

VETERANAS PERSISTEM

O ‘ranking’ da Forbes destaca, porém, outras individualidades femininas como é o caso de Rebecca Lynn, que aparece como a segunda mulher que mais investiu em fundos de capitais de riscos. Apesar deste resultado, a co-fundadora e sócia da Canvas Ventures aperece na 31.ª na classificacão geral, muito abaixo de Mary Meeker.

Todavia, Rebecca Lynn ‘saltou’ 13 posições na lista em relação ao ano passado, graças, em parte, ao facto de ter conseguido levantar o seu segundo financiamento, de 300 milhões de dólares, na segunda metade de 2016.

Consta que a empresa que dirige, a Canvas, utilizou o fundo para investir em ‘startups’ como a Eden Technology Services, a plataforma de mentoria Everwise e a Luminar Technologies, uma fabricante de sensores Lidar que se tornou conhecida este ano.

Destaca-se também que Rebecca Lynn já participou de negócios-chave, como o IPO de 2015 da Lending Club e a venda da Future Advisor, que foi adquirida pela Black Rock por 150 milhões de dólares em 2015.

A próxima investidora no ‘ranking’, Miura-Ko, do Floodgate Fund, também é fundadora da All Raise. Natural de Palo Alto, na Califórnia, investiu no fabrico de ‘softwares’ de máquinas de inteligência artificial Ayasdi e Xamarin, que a Microsoft adquiriu em Fevereiro de 2016 por mais de 400 milhões de dólares.

Outra mulher de destaque é Beth Seidenberg, da Kleiner Perkins, que voltou para a lista por ter liderado negócios como o da Flexus Biosciences, que foi adquirida em 2015 por 1,25 mil milhões de dólares, e a empresa de biotecnologia para doenças raras True North Therapeutics, que foi vendida para a Bioverativ por cerca de 400 milhões de dólares no ano passado. Treze anos depois de entrar na Kleiner Perkins, a especialista em biotecnologia incubou oito empresas e actua no conselho de directores de outras 12.

Constam ainda da lista outras mulheres investidoras de risco, no entanto, já veteranas do ‘ranking’. Destas, destacam-se Jenny Lee, fundadora e sócia da GGV Capital (74.ª); Kirsten Green, fundadora e sócia da Forerunner Ventures (77.ª); e Theresia Gouw, sócia da Aspect Ventures, que se posicinou no 89.ª lugar.