Massano não é poderoso nem é mágico
Na tomada de posse do novo governador do Banco Nacional de Angola, esta semana, João Lourenço voltou a lembrar o repto da necessidade da diversificação económica. A tal prioridade que definiu para José de Lima Massano como uma questão de ‘vida ou morte’ para o país. Contrariado ou não, Massano aceitou o desafio. Mas, em termos teóricos e até práticos, ainda não explicou aos angolanos que cartas tem na manga que o recém-sacrificado Manuel Nunes Júnior não teve em quase seis anos no cargo. Seis anos que se referem apenas ao tempo de João Lourenço, porque, se contabilizada a Era de José Eduardo dos Santos, Manuel Nunes Júnior foi por mais de uma década o tal responsável pela diversificação económica . Para já, talvez Massano use justamente o pretexto de ser recentíssimo na pasta. Massano pode defender-se compreensivelmente que precisa da meta psicológica dos 100 dias para desfazer as ideias decénicas de Nunes Júnior e colocar em prática o seu eventual plano de acção. Mas só por decoro ou por condescendência é que faz sentido colocar os factos nestes termos.
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