Matadouro industrial de Camabatela arranca em Junho deste ano
AGRO-INDÚSTRIA. O matadouro industrial de Camabatela, no Kwanza-Norte, investimento do Estado de 2,4 mil milhões de kwanzas, que, desde a conclusão em 2014, se encontrava em estado de abandono, pode ser inaugurado em Junho, segundo fonte oficial.
Com capacidade de abate diário calculada em 300 cabeças de gado, entre bovinos e caprinos, o empreendimento ficou concluído em 2014, mas nunca chegou a funcionar devido à falta de animais naquela região que compreende as províncias do Kwanza-Norte, Uíge e Malanje.
Há duas semanas, o secretário de Estado para o sector empresarial, Carlos Alberto Jaime, esteve na região de Camabatela para aferir o grau de prontidão das fazendas e unidades pecuárias que vão receber as primeiras cabeças de gado bovino, no âmbito do Programa de Repovoamento Animal do Planalto de Camabatela.
O governante revelou que a gestão do empreendimento será entregue à Cooperativa Pecuária do Planalto de Camabatela (Cooplaca), presidida por Rui Cruz, também PCA da Imogestim. Neste momento, decorrem negociações entre o Ministério da Agricultura e a cooperativa.
ANIMAIS IMPORTADOS
As primeiras quantidades de gado serão importadas do Brasil, Botsuana e Namíbia, países onde esteve recentemente uma delegação do Ministério da Agricultura. O Planalto de Camabatela deve receber 58.751 cabeças, num período de nove anos em que se espera atingir a auto-suficiência na produção de animais para o abastecimento do matadouro.
Com a conclusão do matadouro em 2014, estava aberta a esperança da população para a ocupação dos 100 postos de trabalho, entretanto, destes, apenas meia dúzia foi ocupada por agentes de segurança e de limpeza, de acordo com fontes no local.
INDÚSTRIA ARRANCA NO MESMO PERÍODO
Outra unidade fabril que também vai ser inaugurada no mesmo período é a de processamento de banana, localizada no Bengo. Tal como a primeira, está sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura e financiada através de uma linha de financiamento da Espanha. Desde a sua conclusão em 2014, nunca funcionou.
JLo do lado errado da história