Matadouros regionais avançam este ano
INDÚSTRIA. Governo promete recuperar os projectos interrompidos por falta de verbas, mas procura financiamentos externos. Falta construir o da Huíla e o da Lunda-Norte. Apenas o do Kwanza-Norte funciona.
O Ministério da Agricultura e Florestas promete recuperar o programa de construção de matadouros regionais, interrompido em 2014, por falta de verbas.
O programa, que contempla três matadouros, concretizou apenas um há quatro anos, neste caso o da região Norte. Mas o ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, garantiu, em Fevereiro, a mobilização de recursos internos e externos para a construção, este ano, do matadouro da região Sul, na Huíla, que já recebeu 200 milhões de kwanzas do governo provincial. A necessitar de um investimento global de 15 milhões de dólares (3,6 mil milhões de kwanzas), segundo confirmou o Instituto Nacional de Veterinária e o novo director da Cooperativa de Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA), Luís Gata, o matadouro da Huíla vai servir o Namibe, Cunene, Benguela, Huambo e Kwanza-Sul.
A CCGSA, que deverá responder pela gestão do matadouro, congrega 64 membros que juntos reclamam 25 mil cabeças de gado bovino. Mas a procura deverá ser atendida também por pequenos produtores e por um programa de repovoamento animal levado a cabo pelo Governo.
O matadouro do Sul prevê criar 150 empregos directos e três talhos na Huíla, Benguela e Luanda.
No Leste, o matadouro, que deverá cobir as Lundas norte e sul e Moxico, poderá ser erguido na fazenda Cacanda, mas, além de estar condicionado pela falta de verbas, depende do programa de repovoamento animal.
Tal como o de Camabatela, que, além do Kwanza-Norte, atende Uige, e Malanje, os outros matadouro deverão ter todos os requisitos exigidos internacionalmente, que passam pelas áreas de abate, desmanche, acondicionamento, transporte, frio e talhos. É esperado também que todos tenham gestão privada, apesar de as infra-estruturas estarem a ser construídas com dinheiros públicos. Para o engenheiro agrónomo Fernando Pacheco, é a ideia de aplaudir, mas deixa reticências quanto à viabilidade económica dos investimentos.
JLo do lado errado da história