Minco minimiza queixas do grupo Drago
REACÇÃO. Ministério do Comércio não vai responder às declarações do empresário Gentil Viana que reclama a ‘paternidade’ do PAPAGRO por considerar “ser um projecto aprovado superiormente, pelo Conselho de Ministros, que o Ministério está apenas a executar”.
Da parte do Ministério do Comércio (Minco) não há resposta às ‘queixas’ do empresário Gentil Viana, sobre a paternidade do PAPAGRO. Segundo o director de Comunicação Instituciocional e Imprensa daquele Ministério, Abel Neto Marcelo, “se quiser respostas terá de as buscar junto do órgão que aprovou o projecto”.
Para o responsável, as declarações do empresário são mesmo “extemporâneas já que tinha tempo para reclamar junto do Conselho de Ministros, em vez de o fazer agora passados muitos anos”.
Abel Marcelo entende que “não se reclama a paternidade de um filho depois de nascer”.
Em entrevista recente ao VALOR, edição nº 51, de 20 de Março, Gentil Viana, empresário e administrador do grupo Drago Investment, revelou que o projecto a que hoje se chama Papagro foi desenhado por aquele grupo com o nome de ‘Rede Camposa’, e que, na implementação, foram afastados, apesar de promessas de que o grupo iria operacionalizar o projecto. Na sua opinião, a gestão do Estado ditou o fracasso do programa.
ABERTO A ESCLARECER O RUMO
O Minco mostra-se, entretanto, aberto para fornecer toda a informação sobre o processo de reavaliação do programa que está a ser dirigida pelo secretário de Estado para o Comércio Interno, Jaime Fortunato.
Fontes próximas daquele Ministério indicam que a avaliação do projecto de reestruturação do Programa de Aquisição de Produtos Agro-Pecuários se encontra em fase de mapeamento da produção.
Para o efeito, Jaime Fortunato tem-se desdobrado em visitas de trabalho a várias províncias. Kwanza-Sul, Bié, Huambo, Kwanza-Norte e Malanje foram alguns dos destinos onde o responsável procura documentar a capacidade produtiva e agropecuária no sector da agricultura familiar e das cooperativas organizadas ao nível local.
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