EXPLORAÇÃO DE FERRO EM GRANDE ESCALA ARRANCA EM 2018

Minérios podem captar três mil milhões USD/ano para o Estado

MINERAÇÃO. Com exploração de mais de 14 projectos de rochas ornamentais, e outros nove de outros minérios sector espera alterar base económica do país.

O Plano Nacional de Geologia (Planageo), que tem como objectivo identificar que tipo de minérios tem o país e onde estão localizados, já cobriu 95% do território. Para além do mapeamento geofísico, o Planageo tem o objectivo de também de cadastrar geocientistas nacionais de modo a acomodar o incremento da actividade do sector.

De acordo o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, os dados preliminares são “bastante encorajadores”, porque mostram que, por todo o país, há ocorrências minerais. Francisco Queiroz afirmou que o Governo traçou uma estratégia para o sector das minas, programada para três fases: curto, médio e longo prazos cujo. O “objectivo é alterar a base económica do país, através das receitas fiscais e o aumento de cambiais”, apontou.

Depois da montagem de três laboratórios que vão processar as amostras recolhidas, obras a cargo da empresa chinesa CITIC, Francisco Queiroz acredita que Angola estará em condições de definir a criação de Pólos Desenvolvimento Mineiro e programar a actividade geológica e mineira para os próximos 100 anos.

No curto prazo, inseridos na estratégia até 2018, estão os projectos de extracção do ferro gusa, no Kuando-Kubango e o projecto de Kassinga, que deverá gerar 800 empregos e produzir um milhão e 700 mil toneladas de minério por ano.

Mas há outros projectos de ferro identificados, como o de Kassala Kitungo, no Kwanza-Norte, em fase de investigação geológico-mineiro avançada, e ainda , no Kwanza-Norte, o projecto de ferro, na localidade da Cerca.

No total, estão inscritos 14 projectos das rochas ornamentais, mais nove identificados este ano, para a exploração, com os quais se espera alcançar uma produção anual de 60 mil metros cúbicos.

O cadastramento de quadros geocientistas e geo-engenheiros, no quadro do Planageo, para dar resposta aos desafios que se colocam também prossegue “a bom ritmo”, de acordo com o responsável da área dos Recursos Humanos, Luciano Canhanga. Até Setembro, foram inscritos 3.955 quadros, 3.022 dos quais são homens e 933 mulheres.

LINGUAGEM FÁCIL

O Ministério da Geologia e Minas considera que o Planageo é o maior investimento global do país no domínio das geociências, por essa razão quer que os jornalistas e fazedores de opinião tenham domínio dos conceitos utilizado pelos especialistas para traduzirem a geologia em linguagem simples aos destinatários (radiouvintes, teletespectardores e leitores).

Nesta senda, o Ministério da Geologia e Minas promoveu um workshop de capacitação a jornalistas e fazedores de opinião, que designou por Geoformando.