Miúdos sobrevivem a engraxar sapatos
Ofício. Têm idades entre 10 a 17 anos. Chegam a facturar entre mil e 10 mil kwanzas diários. Alguns têm os pais e encarregados desempregados. Ainda são crianças, mas têm vidas de adultos.
Várias crianças e adolescentes, em Luanda, com idades entre os 10 e os 17 anos, têm optado, cada vez mais, por engraxar sapatos, como forma de sustento. Boa parte encontra-se fora do sistema de ensino por causa da falta de condições financeiras dos progenitores e encarregados.
Assolados pela dura realidade, engraxar sapatos nas principais avenidas, ruas e paragens de táxis, ao longo das ruas da capital, tem sido a saída de muitos jovens que saltam etapas etárias da vida para não sucumbirem à fome.
Na generalidade, essas crianças e adolescentes vivem sob tutela de pais e encarregados, grande parte deles desempregados ou dependentes de comércio informal.
O Valor Económico contactou alguns desses pequenos trabalhadores. Para salvaguardar a identidade dos menores, optou por utilizar nomes fictícios.
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JLo do lado errado da história