‘Mossack Fonseca’ queixa-se de perseguição
Um dos fundadores do escritório de advogados, ‘Mossack Fonseca’, Ramon Fonseca Mora, entende que “Isto é um crime” e um “ataque contra o Panamá”.
Acrescentou ainda que “há duas maneiras de ver o mundo: a primeira é ser competitivo; a segunda é criar impostos”, “existe uma guerra entre os países abertos, como o Panamá, e os países que cobram cada vez mais impostos às suas empresas e cidadãos”.
O director disse à Reuters que a sua empresa está a ser alvo de uma “campanha internacional contra a privacidade”: “A privacidade é um direito humano sagrado, mas há pessoas no mundo que não o entendem.”
Fonseca, por outro lado, diz não ter responsabilidade no uso que são dados às empresas que ajudou a criar.
“Nós dedicamo-nos a criar estruturas legais que vendemos a intermediários, como bancos, advogados, contabilistas e fundos. E eles têm os seus clientes finais, que não sabemos quem são”, acrescentou.
O jornal ‘The Guardian’ publicou que a Mossack Fonseca recusa confirmar qualquer dos elementos que constam nos documentos, alegando o dever de confidencialidade, entretanto confirma a veracidade dos mesmos. “Parece que tiveram acesso a documentos e informação tirada da nossa empresa e apresentaram-na e interpretaram-na fora do contexto”.
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