Móveis e decoração ajudam microempreendedoras
ARTESANATO. Em um mês, mais de 300 cestas artesanais foram vendidas. Fundação Cuerama quer alargar a parceria com outras entidades.
O Kinda Home está a auxiliar a Fundação Cuerama a vender artigos mobiliários e de decoração produzidos por pequenas empreendedoras da Quibala, Kwanza-Sul. A pandemia deixou as empreendedoras afectas à fundação sem qualquer cliente, em consequência da queda significativa de turistas e outras restrições.
Numa primeira fase, foram disponibilizadas 300 cestas artesanais distribuídas nas três lojas de Luanda. Em um mês, explica Leopoldo Malheiro, gestor do Kinda Home, as vendas alcançaram níveis bastante satisfatórios, rondam quase um milhão de kwanzas. Fruto da adesão, mais 276 cestas artesanais serão recebidas nos próximos dias para abastecer as três lojas.
A venda dos produtos, refere Leopoldo Malheiro, faz parte da responsabilidade social da empresa, Inicialmente, estava projectada para ajudar a associação na fase de festas de Natal, entretanto, o êxito contribuiu para o prosseguimento do acto nas restantes fases do próximo ano com vista “a fomentar o trabalho”. Além da Cuerama, pretende firmar parceria com outras associações e instituições dedicadas ao desenvolvimento comunitário. “É uma experiência que tem um mês, que nos deu satisfação, provavelmente iremos mais longe com outras associações ou instituições”, augura.
FUNDAÇÃO CONSTRÓI MICROINDÚSTRIA
De forma a garantir a sobrevivência de muitas famílias carenciadas, a Fundação Cuerama ergueu na aldeia com o mesmo nome, no Kwanza-Sul, uma microindústria, onde dezenas de mulheres confeccionam desde cestos e outros tipos de produtos em melhores condições de trabalho. Segundo Isabel Vieira Cruz, responsável pela organização filantrópica, a intenção é incentivar a produção em grandes quantidades para vender em diversos pontos comerciais da capital, inicialmente. Bem como fazer com que “as mamãs que lutam para dar uma vida melhor aos filhos” não parem de empreender, apesar desta fase difícil.
A responsável da Fundação acredita que o “maior desafio é ajudar os pequenos empreendedores da comunidade a conseguirem caminhar autonomamente”. Apesar da dificuldade, já vê que alguns frutos começam a surgir como, por exemplo, o de uma mulher que conseguiu construir uma casa melhor para os filhos graças aos lucros com o pequeno negócio.
Criada em 1968, a Fundação Cuerama tem trabalhado para potenciar o ‘Saber Fazer’ local, criando as estruturas básicas de modo a estimular os direitos humanos, o desenvolvimento integral e a qualidade de vida dos habitantes e das comunidades em situação de pobreza extrema, através da promoção da Educação, Saúde e mecanismos de geração de rendimentos e empreendedorismo em todas as fases da vida.
JLo do lado errado da história