“Muitos privados devem porque receberam dinheiro para fornecer ao Estado e o Estado não paga”
Projectou investir na agricultura para exportar para a Índia, mas deu-se mal, apesar das promessas estatais. Hoje, mesmo com dívidas as-sumidas ao Estado, luta para se reerguer. Filho de um nacionalista que deixou o MPLA, o empresário Gentil Viana assume, com orgulho, a sua militância no partido no poder, evita criticar o Governo, mas vai enviando farpas a alguns órgãos dirigentes e a quem imaginou leis que bloqueiam os empresários.
Em que estado anda o projecto Rede Camponesa?
Hoje temos mais experiência, não necessariamente mais avanços. A nossa maneira de pensar é um pouco tirada de modelos africanos bem-sucedidos. Sou muito apologista da maneira do Quénia, um país independente que não tem recursos de petróleo, mas tem um nível de exportação de bens alimentares fortíssimo, 70% dos quais de origem camponesa. Temos de ter uma perspectiva com base na nossa força real que é a sua força de trabalho, a força humana. O nosso projecto Rede Camponesa não é uma coisa que se faça sozinho. Uma empresa só pode propor e ter necessariamente o formato de cadeia produtiva, em que entram vários perfis, mas o principal é o Estado.
O Estado não tem dado essa confiança?
Não. Não tem dado, não obstante o esforço que tenho tido a escrever para os vários ministérios, mas não tem dado.
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