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NÃO BASTA DIZER QUE NÃO HÁ DINHEIRO

23 Mar. 2022 V E Editorial

A incapacidade do Governo de gerir a crise de greves que tomou de assalto o país é, no mínimo, perturbadora. Mais chocante é, se tivermos em conta que estão também em causa sectores tão específicos quanto vitais.

NÃO BASTA DIZER QUE NÃO HÁ DINHEIRO

Qualquer paralisação que afecte massivamente a população provoca necessariamente o caos, isto é um facto. Mas a Educação, a Saúde e a Justiça mereciam ser tratadas com a distinção que exigem, doesse a quem doesse. Ainda que a contragosto, cruzar os braços não é uma opção para o Governo. João Lourenço e os seus auxiliares deviam ter em conta que não há alternativa a uma solução de compromisso de cumprimento obrigatório. Porque, mesmo que não sejam atendíveis no seu todo, todas as exigências são legítimas.

É perfeitamente compreensível que professores catedráticos exijam salários acima de 2 milhões de kwanzas. É aceitável que médicos angolanos queriam o salário-base na fronteira do milhão de kwanzas. Assim como os funcionários do Tribunal Supremo imporem condições equiparáveis às dos seus colegas de outros tribunais superiores. E o Governo, ainda que seja alérgico à verdade e à transparência, tem de negociar até à exaustação com verdade e transparência e sem arrogâncias.

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