NÃO PAGAR À CHINA NÃO É UMA OPÇÃO

28 Feb. 2024 V E Editorial

A matéria é um exclusivo do Valor Económico. Diversas fontes diplomáticas e governamentais confirmam que João Lourenço vai à China neste Março. Sendo uma viagem mais do que esperada, João Lourenço e a sua equipa sabem que devem encontrar uma China mais exigente do que nunca. 

NÃO PAGAR À CHINA NÃO É UMA OPÇÃO

As razões são óbvias. Angola deve levar na bagagem como tema central a negociação da pesada dívida que, em certa medida, já põe em causa a sustentabilidade das finanças públicas. Ocorre que João Lourenço marca este passo depois de ter ficado seis anos a maldizer a relação que o seu antecessor começou a construir com a China no pós-guerra imediato. Transformada também em arma de arremesso contra José Eduardo dos Santos, a relação com a China passou a ser alvo de repetidos comentários incisivos do próprio Presidente da República. 

O foco das críticas de Lourenço não era apenas, entretanto, a parte Angola. Sem rodeios, Lourenço fez questão de sublinhar sempre uma espécie de oportunismo chinês que submeteu Angola a um acordo de condições difíceis e que limitava as margens de negociação do petróleo angolano. Apesar de historiador, João Lourenço ignorou as circunstâncias históricas que determinaram as exigências chinesas e as cedências angolanas. Desconsiderou que os acordos emergiram em tempos em que nenhum outro país quis ajudar Angola a iniciar o seu processo de reconstrução, logo ao fim da guerra. Não teve em conta que se tratou de um período em que Angola não tinha condições para exigir a quem quer que fosse o que quer que fosse.

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