"Nesta segunda fase, estamos proibidos de falhar"
Há nove meses à frente do Instituto dos Serviços de Veterinária, Henrique Gimi dá a versão oficial sobre a polémica importação do gado do Chad. Começa, desde logo, por repartir as culpas do que correu mal entre as autoridades angolanas e chadianas, mas não deixa de responsabilizar os produtores que receberam o gado, sem condições de acomodá-lo. Conta quase tudo do que está a ser feito para corrigir os erros e alerta que os jovens não estão interessados na veterinária.
Qual é a actual situação do gado proveniente do Chade?
Estamos a trabalhar nas modificações das condições da aquisição deste gado. A situação é boa, porque os animais se adaptaram bem. A maioria deste gado foi distribuído no planalto de Camabatela. O gado adaptou-se bem por causa das condições climáticas da região. Antes de enviarmos o gado, fizemos um trabalho de recolha de amostras, desparasitação e uma série de actividades técnicas para garantir a estabilidade e o estado sanitário dos animais.
Qual é o número de animais que Angola recebeu no primeiro lote e a taxa de mortalidade actual?
Na primeira fase, tínhamos de receber 4.351, mas recebemos 4.309 animais. Ao longo do transporte, tivemos uma mortalidade de 1%. Depois da recepção, tivemos uma mortalidade total, desde a chegada à distribuição para diversas regiões, de 12,3%. As condições que, de facto, fizeram com essa mortalidade fosse acontecendo foram devido a problemas ao longo da transportação. Os animais foram adquiridos no Chade e tinham de fazer trânsito nos Camarões, no Porto do Kribe. As condições reunidas no Porto do Kribe não eram muito boas. O gado ficou muito tempo nesta região por problemas de transporte. A alimentação foi bastante escassa. Na zona onde os animais estavam, os nossos técnicos detectaram a presença da tripanossomíase bovina. Essa doença ataca os bovinos. Cá tivemos a preocupação com as análises de intervir rapidamente para controlar a situação.
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