Newaco vira-se para a produção nacional
O grupo Newaco, que opera na distribuição de congelados e frescos importados, virou-se para a produção nacional, face à “crescente necessidade” do mercado e das suas lojas a retalho, além dos custos de importação que se elevaram com a subida dos preços dos fretes e a desvalorização da moeda.
Hélder Inácio, director das operações da Fresmart, marca do grupo, explica que a empresa já deu início ao cultivo de banana e projecta agora a implantação de duas fábricas de processamento de conserva e de frango.
Embora reconheça que a produção local implica também a importação de matéria-prima, Inácio explica que a viragem para a produção local representa “um passo que vai demorar tempo”. E acrescenta que a importação só ocorre porque, muitas vezes, não há solução de fornecimento suficiente no mercado nacional.
Por exemplo, um dos produtos de maior consumo das lojas Fresmart é a coxa de frango, em relação à qual não há capacidade suficiente no mercado interno, face à procura.
Cálculos da empresa indicam que o investimento na produção local reduzirá as mais de 25 mil toneladas de congelados importados que fazem distribuição nas 52 instalações espalhadas pelo país, numa operação logística de 10 a 12 mil contentores.
Este ano, o grupo empresarial prossegue a aposta no mercado retalhista, estando em agenda a reconversão das restantes lojas de outras duas marcas em Fresmart. Prevê ainda investir mais de 1.000 milhões de kz em 14 lojas.
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