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Esquema de corrupção

Nigéria confisca 21 milhões de dólares da ex-ministra dos Petróleos

29 Aug. 2017 Valor Económico Mundo

O Tribunal Federal de Lagos ordenou o confisco de várias contas bancárias ligadas a Diezani Alison-Madueke, ex-ministra dos Petróleos da Nigéria e primeira mulher a liderar os destinos da OPEP (2014-15), no âmbito de uma investigação por corrupção.Os depósitos em causa ascendem a 7,6 milhões de nairas, correspondentes a 21 milhões de dólares.

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O combate à corrupção na Nigéria, que foi uma das bandeiras do Presidente Muhammadu Buhari para vencer as eleições de 2015, exibe um novo "troféu": a investigação contra a ex-ministra dos Petróleos, Diezani Alison-Madueke.

A antiga governante, que recentemente viu várias propriedades serem confiscadas pela Justiça - incluindo uma moradia avaliada em 37,5 milhões de dólares, num dos bairros mais nobres da cidade de Lagos -, tem agora o seu património subtraído em 7,6 milhões de nairas, correspondentes a 21 milhões de dólares.

De acordo com a acusação, o dinheiro está depositado em várias contas bancárias na Nigéria, que foram abertas por representantes da NNPC - a companhia petrolífera estatal da Nigéria - durante o seu mandato, cumprido de 2010 a 2015.

Para além da investigação nigeriana - conduzida pela Comissão de Crimes Económicos e Financeiros - a antiga ministra, que foi uma das peças-chave da presidência de Goodluck Jonathan, está a ser alvo de um inquérito em Inglaterra, onde chegou a ser detida - tendo sido entretanto libertada sob caução - no âmbito de um escândalo de corrupção e branqueamento de capitais.

O seu nome surge ainda associado em investigações nos EUA e em Itália, mas é na Nigéria que o caso ganha especial destaque, como exemplo da luta anti-corrupção aberta pelo Presidente.