Noble Group denunciado por consumir quantidades milionárias de água, muito acima dos 'tostões' que paga à Epal
EXCLUSIVO. Valor Económico publica, na íntegra, a denúncia que envolve o consumo de água em fábricas do grupo detido por investidores de origem indiana. Fontes exemplificam com casos em que fábricas do Noble Group chegam a consumir milhares de vezes acima do que pagam. Grupo desmente denúncias, mas não comenta os números e atribui responsabilidades à Epal, por falta de contadores.
Desleixo da Epal, aproveitamento e exploração do Noble Group. A descrição pode resumir a história de um grupo empresarial que tem seis fábricas e consome mais de 113 milhões de metros cúbicos (m3) de água por mês, quando tem contrato com a Epal, para o abastecimento de apenas quatro unidades fabris, num total aproximado de 13 mil metros cúbicos/mês.
Os números constam de uma denúncia ao Valor Económico por um grupo de ex-funcionários do grupo controlado por investidores de origem indiana. Segundo referem, é o “absurdo do roubo” que os deixou “agastados depois de muito tempo”, conscientes de que a diferença entre “os tostões que o grupo paga e os milhões que consome” representa um “desfalque escandaloso” aos cofres da Empresa Provincial de Águas de Luanda.
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