Empresa do sector da energia

Novo processo de reprivatização da Efacec começa hoje

05 Dec. 2022 Valor Económico | Agência Lusa Empresas & Negócios

A Efacec Power Solutions, empresa dos sectores da energia, engenharia e mobilidade, uma das maiores do mundo, que pertenceu à empresária angolana Isabel dos Santos vai começar hoje um novo processo de reprivatização.

Novo processo de reprivatização da Efacec começa hoje

Os potenciais candidatos à reprivatização da Efacec devem enviar as manifestações de interesse à Parpública, empresa portuguesa, até às 17h00 desta segunda-feira, segundo um anúncio publicado na imprensa portuguesa na semana passada, após o fracasso da venda da empresa ao grupo DST.


O "Anúncio de Reprivatização da Efacec", publicado pela Parpública, determina que "as manifestações de interesse deverão respeitar os termos e condições constantes do documento para o efeito disponibilizado no sítio da Internet da Parpública, no separador sob o título Reprivatização, tendo de ser enviadas, conjuntamente com os documentos acessórios (em língua portuguesa ou inglesa) que o potencial interessado entenda servirem de suporte relativamente aos critérios de idoneidade e capacidade financeira.
No anúncio, a Parpública recorda que "foi determinada a anulação, sem concretização da venda direta, do processo de reprivatização" da Efacec que tinha determinado a venda da empresa ao grupo bracarense DST, tendo sido "aprovado o novo caderno de encargos da venda direta (…) das ações representativas da sua participação no capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, SA".


A Efacec sofreu em julho de 2020 um processo de intervenção do Estado e estava em processo de venda à portuguesa DST.
A empresa pertencia a Isabel dos Santos em mais de 71% e foi nacionalizada pelo estado português em Julho de 2020, alguns meses após o escândalo do 'Luanda Leaks' e da empresária ter sido constituída arguida em Angola. Depois da nacionalização, o Estado português garantia que a empresa seria privatizada. O Grupo português DST foi o único a apresentar uma proposta definitiva para a compra, depois de vários interesses apresentados de empresas até de outros países.

Depois do escândalo, a Efacec anunciava que a empresária sairia do capital da empresa de forma definitiva. Com ela também saíram Mário Leite da Silva e Jorge Brito Pereira que ocupavam os cargos de Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Assembleia Geral.