DISCURSO DE FIM DE MANDATO ELOGIA PROCESSOS ECONÓMICOS

O adeus de Barack Obama

16 Jan. 2017 Emídio Fernando Mundo

DISCURSOO ainda presidente norte-americano despediu-se do cargo com um discurso emotivo e carregado de recados, de elogios à sua governação e também assumindo algumas falhas. Na economia, Barack Obama elencou várias medidas, tomadas em oito anos, que, para ele, transformaram os EUA num país “melhor e mais próspero”. O VE escolheu 10 ideias principais.

1. Recuperação

"Se tivesse dito há oito anos que os EUA iriam recuperar de uma grande recessão económica, reactivar a indústria automóvel que provocou a maior criação de empregos da nossa história, se tivesse dito que iria abrir uma nova fase com o povo cubano, fechar o programa de armas nucleares do Irão sem disparar um tiro, se tivesse dito que iríamos ter igualdade no casamento e garantiria o direito de seguro de saúde para 20 milhões de pessoas, diriam que as expectativas eram muito altas. Mas o que nós fizemos foi uma mudança. Em quase todas as medidas, os EUA é um lugar melhor e mais forte do que quando começámos”.

2. Crescimento

"A boa notícia é que hoje a economia está a crescer novamente. Os salários, o valor da habitação e de pensões estão a subir de novo. A pobreza está a cair de novo. Apesar de todo o progresso real, sabemos que não é suficiente”.

3. Desemprego

"Os ricos estão a pagar impostos de forma mais justa. O mercado de acções atingiu níveis recordes, a taxa de desemprego está perto no mínimo de 10 anos".

4. 'Obamacare'

"Os custos com os cuidados de saúde aumentam a uma taxa mais lenta dos últimos 50 anos. Qualquer pessoa pode melhorar os seus cuidados de saúde. O (‘Obamacera) abrange muito muitas pessoas com um custo menor. É para isso que servimos. Não queremos ganhar créditos, mas melhorar a vida das pessoas"

5. Desigualdade

"A desigualdade é corrosiva. Enquanto o 1% da população mais rica acumulou uma maior porção da riqueza, muitas das nossas famílias, nas cidades do interior e nas zonas rurais, ficaram para trás. Um trabalhador que só luta para pagar as contas está convencido que o governo só serve os interesses dos poderoros".

6. Comércio livre

“Não há soluções rápidas. O nosso comércio deve ser justo e não apenas livre. O ritmo implacável da automização faz com que muitos bons trabalhos da classe média se tornem hoje obsoletos. Por isso, temos de forjar un novo acordo social para garantir aos nossos filhos a educação que necessitam.

7. Reforma fiscal

“As grandes empresas e indivíduos que beneficiam da nova economia não podem fugir às suas obrigações fiscais para com o país que os ajudou a criar essa riqueza”.

8. Luta de classes

“Depois da minha eleição, falou-se muito dos EUA pós-racial. Esta visão, apesar de bem intencionada, nunca foi realista. A raça continua a ser uma força potente e divisória na sociedade. Toda a questão económica se enquadra numa luta entre uma classe media branca e trabalhadora e uma minoria sem direitos. Se vamos ser sérios, precisamos de defender as leis contra a discriminação - na contratação, na habitação, na educação e no sistema de justiça criminal."

9. Todos a ganhar

"Temos demonstrado que a nossa economía não tem de ser um jogo de soma zero. O ano passado, os rendimentos aumentaram para todas as raças, todos os estratos etários, para homens e mulheres.

10. Clima melhor

"Em apenas oito anos, reduzimos para metade a nossa dependência do petróleo estrangeiro. Duplicámos a nossa energía renovável, levámos ao mundo um acordo para salvar o planeta. Mas temos de ter acções mais audazes por causa de mais desastres ambientais, mais perturbações económicas e mais refugiados climáticos que buscam sítios seguros. Não queremos que os nossos filhos se preocupem com as alterações ambientais. Devem concentrar-se noutras preocupações.