“O chinês precisa apenas que o seu passado seja valorizado e que se abram mais caminhos”
Entre os vários constrangimentos que impedem a atracção do investimento estrangeiro, e particularmente o chinês, Arnaldo Calado destaca a burocracia. E não tem dúvidas, por exemplo, de que é aí onde agora se esconde a corrupção. Defensor de um perdão total da dívida angolana à China, o economista que preside à CCAC tem uma certeza: o chinês quer investir em tudo.
O balanço de 2020 da Câmara de Comércio Angola-China (CCAC) certamente foi negativo, devido à pandemia, ou pode caracterizá-lo de outra forma?
O balanço foi vergonhoso, foi mau em todo o mundo. Somos uma câmara de negócio e todos os negócios foram quebrados pela covid-19. Não há, na nossa perspectiva, nada que se possa comparar a 2020. Foi, talvez, o pior ano de qualquer pessoa que faz negócio ou de qualquer ser humano.
Mas, no caso concreto, não terá sido também por a pandemia ter encontrado a economia do país já fragilizada?
Já vínhamos com alguma dificuldade, mas tínhamos planeado, para 2020, justamente a recuperação. Tínhamos encontrado fórmula de recuperação, mas, infelizmente, a pandemia veio inesperadamente acabar com aquilo que era a nossa perspectiva. Portanto, além da crise económica, foi fatal a covid-19, porque começou justamente na China e isto causou alguns constrangimentos. No princípio, só para o chinês aparecer no gabinete de alguém já era um problema e este tipo de situações não demorou dias, demorou meses. Quando demos conta, o ano tinha terminado.
O que tinham perspectivado?
Tínhamos previsto, para 2020, 3.350 empregos directos e 2.510 indirectos. No caso de empresas chinesas, estávamos a mobilizar 3.500. Tudo isso caiu para 18 empresas e 21 projectos, quando tínhamos perspectivado 1.350. Já os empregos directos caíram para 114 e os indirectos para 86.
Está a referir-se a números alcançados, face ao que estava perspectivado, e não a quebras, face ao que existia, certo?
Estamos a falar do que tínhamos planeado e o que alcançámos. Em relação às empresas que existiam, chegámos a ter quase 200 mil chineses e, de repente, passámos a ter menos de mil. Por aí, pode ver o tombo que Angola e a África sofreram com esta pandemia.
E em relação a empresas que encerraram?
Não temos os números agora.
Mas, antes da covid-19, muitos já estavam a abandonar o país por causa, por exemplo, da criminalidade e há também quem tenha mudado de mercado devido à nova abordagem política ou diplomática, depois das eleições de 2017, não?
No princípio, a comunidade chinesa e os empresários chineses ficaram com estes temores, porque um grupo pequenino, mas muito pequeno mesmo, estava muito ligado a alguns cidadãos. Estavam amarrados a estes cidadãos e fizeram com que de patrão passassem a quase empregados desses cidadãos. E o que aconteceu é que até as suas dívidas não eram liquidadas, porque a dependência destes empresários a estes cidadãos era quase total. Depois começaram a ter dificuldades nos pagamentos, nos reembolsos de capitais investidos e isso, obviamente, criou alguma desmotivação. Mas a mudança de embaixador (o novo embaixador da China é uma pessoa de bom trato, um bom diplomata, ao contrário do seu antecessor) também facilitou as negociações com alguns departamentos governamentais e as coisas ficaram clarificadas. Havia muitos números diferentes. Dependendo do lado em que se estivesse, ouvia-se um valor da dívida. Se fosse do lado do Governo, ouvia-se um valor; se fosse do lado dos empresários chineses, ouvia-se outro; se estivesse do lado da embaixada, ouvia-se outro valor. Havia muita confusão. Hoje, felizmente, esta situação, parece-me, ficou ultrapassada. Foram negociações difíceis, mas com conclusões satisfatórias.
E o que a câmara fez na altura para impedir situações como as que revelou, de quase exploração de empresários chineses?
Nada.
Porquê? Não tinha capacidade para abordar o tema?
Não tinha. Certamente, domina tão bem quanto eu como é que a África funciona. O que aconteceu do nosso lado foi sofrermos alguns desprezos. Foi criada uma outra câmara com a mesma denominação. Enquanto tomávamos posse na nossa sede em Talatona, uma boa parte dos nossos governantes foi assistir à tomada de posse de uma câmara qualquer denominada também Angola-China, no Epic Sana, chefiada por chineses para que a nossa não avançasse. Infelizmente, este é um momento que passámos mas foi ultrapassado. Conseguimos, com calma e tranquilidade, fazer com que a nossa câmara completasse os cinco anos e sempre no auge. Os chineses conseguiram acreditar em nós, conseguimos fazer com que olhassem para a câmara como o ente importante, mas temos de registar que houve este tipo de problemas.
E não fizeram denúncias como esta que está a fazer agora porquê?
A câmara é uma câmara de negócio e não política, então decidimos fazer bem o nosso trabalho, evitar confrontos porque assim chegaríamos aos patamares que pretendíamos. Felizmente, conseguimos conquistar os empresários chineses e hoje somos uma câmara credível dentro da comunidade chinesa tanto em Angola como na China, assim como vários países africanos que têm a nossa câmara como referência.
Os empresários chineses mais poderosos financeiramente não estavam na vossa câmara, foi isso?
No princípio não estavam por causa desta situação que contei, mas depois acabaram por entrar e para nós o que interessa é o fim.
O CIF, uma das referências entre as empresas chinesas em Angola, não estava na vossa câmara?
Nunca esteve e nem poderia estar.
Porquê?
Estava muito ligada a situações que batiam de frente com aquilo que são os princípios de uma câmara de comércio.
Por exemplo?
Estava muito politizada. Eu conhecia bem o dono, não era possível ele ser membro da câmara.
Enviou, recentemente, uma carta à embaixada da China, sugerindo o início de uma nova era na relação entre os dois países e defendeu o perdão total da dívida de Angola. Mantém este pensamento?
Sim, mantenho. Quem manda uma carta para a embaixada da China, manda para o governo chinês. Continuo a pensar que o governo chinês pode começar uma nova era e, se eu fosse conselheiro do governo chinês, aconselharia no sentido de parar com a dívida, começando uma nova era. Sentarem as duas partes para definir em que áreas exactamente a China pode ajuda e que áreas Angola exactamente precisa de ajuda. Tenho a certeza que todos ficariam satisfeitos. A China já perdoou muitas dívidas no mundo. Mas é um assunto que tem de ser discutido com tempo, é um assunto de governos, ultrapassa-me, dei apenas uma opinião.
Não obteve resposta desta carta?
Não, é uma opinião que ficou registada como opinião.
Considera possível o perdão total quando sabemos que parte considerável da dívida não é com o Estado mas com instituições privadas chinesas ou a sua sugestão é apenas para a dívida para com o Estado?
Quando falo em perdão, é total. Quer dizer que aquelas dívidas contraídas pelo governo aos empresários, o governo chinês cobriria, mas, como é uma opinião, é melhor não ficarmos a discutir, vamos discutir outras coisas. Sei que houve discussões entre o Governo angolano e o chinês e chegou-se a uma plataforma de solução de todos problemas que haviam, de alguma incompreensão, números desfasados. Isso ficou resolvido. Não me pergunte como, porque não participei, mas estivemos nos bastidores.
Acredita que voltaremos a ter no país tantos chineses quanto já tivemos, mais de 200 mil?
Nem é isso que interessa. Tínhamos quantidade exagerada, vamos ter com certeza uma qualidade melhor. Vamos ter de facto só empresários, só investidores, só financiadores. Não teremos aqui empregados. Teremos, talvez, especialistas, mas não empregados de base, penso que essa era já passou.
E empresário de qualidade está confiante em vir para Angola?
Continuam confiantes. Estavam habituados a uma determinada temática, uma determinada forma de funcionamento, mas hoje já confiam mais. É verdade que ainda temos um problema, que é a burocracia a que eles não conseguem habituar-se. Aliás, qualquer empresário não se habitua à burocracia. É uma luta que o executivo tem vindo a levar a cabo. Se conseguirmos ultrapassar a burocracia, os investidores, não só chineses, mas de qualquer parte do mundo estarão mais disponíveis. Nós, no mundo, não estamos sozinhos à procura dos chineses. Toda África, todo mundo está a procura deles. Se eles vão a um país onde tudo pode ser tratado ao telefone ou no computador em 10 ou 20 minutos, em comparação a outro país onde o papel fica sem resposta, é evidente que vão optar por aquele onde é mais fácil, mesmo até que se ganhe menos. Temos necessidade de investimento estrangeiro, de financiamento, temos necessidade de tecnologia, precisamos resolver o nosso problema, que é a burocracia, que é um obstáculo muito grande ao desenvolvimento do nosso país.
Muitos empresários chineses com que falamos também se queixam da desvalorização da moeda…
A desvalorização não é um só problema para o chinês, também é para nós próprios, angolanos. Todos sofremos com isso. Imagina aqueles que pediram dinheiro emprestado nos seus países, como é o caso da China, investem no país depois começa a haver desvalorização e não há reembolso imediato... Todo o dinheiro que ganham fica no banco e desvaloriza. Portanto, veio capitalista e sai daqui empregado, é um perigo, mas o executivo, nomeadamente o BNA, tem vindo a trabalhar para estancar esta situação.
Na nova abordagem política diplomática do país, a dado momento, a China perdeu algum privilégio. Esta situação não poderá inibir investimentos chineses?
Entendo que continua a existir um tratamento privilegiado com a China. O momento é diferente, mas é só ver o engajamento da China na covid-19, no fornecimento do material de biossegurança. Só que tudo agora tem de se adaptar ao tempo, porque nada mais é igual ao antigo. Penso que Angola, que já está à frente na boa relação com a China, não vai tirar o pé, vai manter ou até mesmo ampliar a sua boa relação e isso vai facilitar muito o desenvolvimento de que Angola precisa. Há vários países com as suas janelas abertas, mas aqueles que têm as janelas e as portas totalmente abertas são muito poucos como a China. É só ver que os chineses quando entraram para aqui vieram para fazer tudo. Há investidores de países com quem já lidamos há muitos anos, mas não conheces uma cantina, um apartamento que seja deles. Arrendam o apartamento para fazer escritórios, nem sequer o escritório é sua propriedade. Os chineses chegaram, fizeram Cidade da China, fizeram shopping, têm estação de serviço. Portanto, vieram para se inserir na sociedade. Isso tem várias leituras. Vejo como uma vantagem, todos os países do mundo procuram por parcerias dessas, nós só temos de aproveitar esta abertura e mantê-la, obviamente, sem perder a soberania.
As trocas comerciais entre os dois países, fora o petróleo, caíram quase para zero. O que perspectiva para 2021?
É muito difícil. Fizemos perspectivas para 2020 e saímo-nos muito mal. Para 2021, estamos com muitas reservas porque basta ver que Janeiro já terminou. Perspectivar um ano melhor é para os teóricos e políticos. Para nós, que estamos no mundo dos negócios real, é melhor não fazermos perspectivas, o melhor é mobilizar o que podemos com os novos parceiros e aí, a meio, perspectivar o segundo semestre, agora é um risco muito grande.
Defende a entrada de chineses em novas áreas como agricultura, pescas e indústria. Qual é o feedback que tem tido de empresários chineses?
Isso depende também um bocado de nós. O governo chinês tem, como política, enriquecer o seu povo, a prosperidade da sua população, dos seus empresários, dos seus filhos. Se Angola reduzir a burocracia e aumentar os incentivos para o investidor, eles vão investir em todas as áreas que nós dissermos que sim, mas rigorosamente todas. Ao chinês, se lhe disser para cuidar de um cemitério, ele vai fazer, não tenho dúvidas.
Mas, nos últimos anos, não vemos, por exemplo, o anúncio de grandes investimentos chineses. Vemos, por exemplo, de empresários dos Emirados Árabes Unidos, do Japão. Estarão os chineses na defensiva?
Um país não deve ficar dependente de nenhuma economia estrangeira. Isto significa que o Governo está a fazer muito bem em abrir-se para todos os países do mundo. Agora, o chinês não está na defensiva porque já está cá. Precisa apenas que o seu passado seja valorizado e que se abram mais caminhos. Já estão cá, fizeram investimentos com parceria angolana, mas a lei agora já permite que façam sozinhos. Então como é que vão fazer sozinhos? Como é que ficam as parcerias que têm? Estão nesta fase de estudo e, como disse, os melhores chineses, mais fortes investidores vão aparecer em Angola a partir deste ano.
Entre as empresas de investidores chineses, a CIF é a única a ser investigadas no âmbito do combate à corrupção ou a câmara tem registo de outra?
Não. Tirando o que ouço na rádio, que é da CIF, não conheço mais nenhum caso. O combate à corrupção está assumido pelo Governo, pelo partido que governa, não vai parar. Temos de estar todos muito atentos porque o combate à corrupção, na sua essência e do ponto de vista do empresariado e dos negócios, está agora a esconder-se na burocracia. Portanto, a burocracia neste momento é um dos pontos em que se está esconder a corrupção porque, quando mandas uma carta e não tens resposta, tu obrigas-te a lá ir e, quando lá vais, começam a dar-te voltas, dando a entender que para resolver o problema é preciso pagar. Mas, felizmente, sei que a Assembleia Nacional está a provar uma lei que, no essencial, vai determinar prazos para as instituições responderem às correspondências. Se for assim, adeus à burocracia e, se dissermos adeus à burocracia, o país vai dar um salto muito grande.
Liderou muitos anos a Endiama e, considerando a forma como este combate tem sido conduzido, não está posta de parte a possibilidade de ser alvo de investigação…
É normal. Não há ninguém, mas absolutamente ninguém que decide e... Lá, na Endiama, eu tinha uma palavra de ordem que dizia “não tenha medo de tomar decisão, mas toda decisão pode ser-te favorável ou desfavorável”. É natural que uma ou outra decisão pode não ter sido boa. Lida a partir de hoje, é natural. Toda a pessoa que dirige, que gere, que governa está sujeita a estas coisas. Portanto, não é por aí, mas assumo que é preciso combater a corrupção e todas as suas formas de se apresentar. Custa o que custar, doa a quem doer.
As decisões de ontem, lidas a partir de hoje, podem não ter sido boas. Não acha que este ‘lema’ deveria estar devidamente considerado no combate à corrupção, considerando a realidade do passado, em que quase tudo parecia normal?
Não gostaria de entrar neste meandro porque é muito complicado e, como sabe, já estou há quase 12 anos fora das lides directas do aparelho público. A teoria da gestão diz isso mesmo, não se julgam decisões porque, para julgar uma decisão, tem de se ler todas as notícias que saíram naquela atura, que criaram aquele ambiente. A palavra manifestação não é igual vista hoje, se comparada a 1974. O ambiente que está criado neste momento é que provoca, às vezes, a tomada de decisão, pode acelerar ou desacelerar. Por isso costuma dizer-se, na teoria de gestão, que não se julgam decisões. Mas o que eu vejo, até agora, não são decisões que estão a ser julgadas, são actos, ilícitos provados, isto é outra coisa. Eu preferiria não falar sobre este tema quando estivermos a falar da câmara. Já há muita gente a tratar disso.
A Endiama de hoje é a que perspectivou que tivéssemos quando deixou a empresa?
Nunca saí da Endiama, estou na Endiama há 45 anos. Deixei de ser presidente do conselho de administração, mas sou da Endiama até hoje. As pessoas que lá estão foram e são meus colegas. Não há, felizmente para nós, no sector mineiro um indivíduo que veio de fora e foi lá posto. São todos colegas e pessoas que, se me pedissem opinião, eu indicaria estas pessoas mesmo para liderar a Endiama. Os momentos são diferentes, penso que estão a fazer o seu melhor e estamos também aqui a ajudar e tentar fazer com que o nosso sector não morra. Sempre tivemos um bocado de rivalidade com a área do petróleo, mas hoje juntamo-nos todos. Por exemplo, entre a Endiama e a Sonangol, fazíamos questão de rivalizar para desenvolver a nossa própria empresa, hoje estão todos juntos, não há esta rivalidade e isso pode distrair-nos um bocado, mas os colegas que lá estão são capazes, são pessoas de topo e estão a fazer o seu melhor.
Nesta ‘competição’, viu-se a vencer a Sonangol?
Para não ser eu a dizer, não vou responder directamente. Era impossível, porque a Sonangol era a nossa maior empresa, mas, em termos motivacionais dos trabalhadores, gostava que fossem os trabalhadores da Endiama a responder. Apostámos muito na valorização dos quadros. Não tínhamos as receitas, não tínhamos os meios da Sonangol, mas haviam coisas em que estávamos muito bem, conseguíamos roubar quadros da Sonangol.
Os diamantes nunca corresponderam à expectativa de receita. O que tem faltado?
Por razões éticas não gostaria de responder porque posso ser mal interpretado. Tenho muitas dificuldades por razões óbvias.
Os diamantes são um sector que interessariam ao empresário chinês?
Não conheço sector em que o chinês não esteja disponível a entrar. Não sei se tudo que dizem, fazem, mas que estão dispostos, estão. Rigorosamente a todos os sectores.
As câmaras têm sido parceiros do Governo ao nível que se espera?
Tenho leitura diferente do que é uma câmara. Não me recandidatei à Câmara Angola/China, não me vou recandidatar nem vou continuar como presidente da Federação das Câmaras, mas tenho que incentivar o aparecimento e a existência das câmaras porque são necessárias para qualquer governo e principalmente para o nosso nesta situação em que estamos. Lidam bilateralmente com os empresários de países, aquilo que um governo não pode fazer. Os governos lidam com os governantes, com a parte de cima, mas o que faz funcionar as economias são os empresários. Costuma-se dizer que a diplomacia económica funciona com os empresários, lá aonde a mão do governo não chega, chega o empresário e usando esta mão todo o poder do governo chega.
E as nossas câmaras têm este peso, ocupam este espaço?
Não porque é uma coisa nova. Quando criámos a câmara Angola/China só havia em Angola, se não estou em erro, duas câmaras. Havia a Câmara Angola/Estados Unidos, que era muito forte, e a Câmara de Comércio Indústria de Angola. Hoje estamos em pouco mais de 40, algumas em constituição. Tenho incentivado que haja câmaras para todos os países do mundo. A sua importância vai ser sempre na medida em que as pessoas entendam o papel das câmaras, não podem ir lá apenas com a ideia de fazer lobby. A câmara é diferente de uma associação empresarial.
Perfil
Nascido a 25 de Dezembro de 1958, Manuel Arnaldo de Sousa Calado é licenciado em Economia, pelo Instituto Técnico Superior de Lisboa. Foi Presidente do Conselho de Administração da Endiama até 2008. Neste mesmo ano foi eleito presidente da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC). Depois de ter sido reeleito em 2015, renunciou ao cargo em 2016, evocando “imperativos profissionais decorrentes da implantação imediata da Câmara de Comércio Angola-China”. Ainda em 2016 é empossado presidente da referida câmara e, em 2020, como presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria de Angola (FCCIA).
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...