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O ‘ELEFANTE NA SALA’ DO MPLA

24 Apr. 2024 V E Editorial

Na segunda semana deste mês, uma interpelação a Filipe Nyusi, numa reunião partidária, agitou o espaço mediático e político, em Moçambique com repercussões em Angola. Óscar Monteiro, um proeminente militante e dirigente da FRELIMO, declarou com firmeza que havia um “elefante na sala”. A expressão, como se sabe, traduz uma situação incómoda que todos conhecem e reconhecem mas que ninguém ousa enfrentar. 

O ‘ELEFANTE NA SALA’ DO MPLA

Óscar Monteiro decidiu fazer-se de excepção e deu o ‘peito às balas’. Recorreu ao espírito dos seus ancestrais goeses para acusar os dirigentes da FRELIMO de terem enfiado a cabeça na areia, ao jeito das avestruzes. Com as presidenciais marcadas para Outubro deste ano, Monteiro disse na cara de Nyusi que já não restava tempo para que a sucessão na FRELIMO se mantivesse um tabu. 

Conhecido pela sua relação de graves conflitos com a língua portuguesa, Nyusi simulou por segundos ter ouvido tudo em chinês, antes de confirmar que tinha percebido tudo. Não foi para menos.  O ponto de ordem de Monteiro acendeu o rastilho que levou ao tapete as aspirações do inquilino do ‘Palácio da Ponta Vermelha’ de um terceiro mandato. Mais do que de fôlego, as aspirações reprimidas na FRELIMO insuflaram-se de liberdade e a afirmação de novas candidaturas tornou-se um facto. É o que a generalidade da sociedade moçambicana esperava. As palavras de Óscar Monteiro foram, aliás, de tal forma impactantes que o próprio pediu previamente a Nyusi que ambos mantivessem a consideração mútua de sempre.

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