O ESTADO SOU EU
A crise de regime instalada em Angola espelha, no essencial, as consequências perniciosas do atraso democrático. Em contraponto, evidencia que o desafio central que se coloca ao país é precisamente a sua transformação democrática. Ou seja, a erradicação inapelável do poder autocrático que emana do MPLA.
João Lourenço estava, aparentemente, entre a espada e a parede. Ou cedia à critica por manter-se num silêncio comprometedor. Ou expunha-se por ultrapassar os limites constitucionais, exigindo a renúncia de Joel Leonardo e de Exalgina Gamboa.
O Presidente da República escolheu o segundo caminho, pelo menos em relação a Exalgina Gamboa. Mas fê-lo porque pensa que pode. E não porque não houvesse o meio-termo, o recurso usado em realidades em que se tem o mínimo de respeito pela separação de poderes. Se tivesse noção de limites, João Lourenço optaria por uma linguagem de moderação e equidistância, apelando para a intervenção da Procuradoria-Geral da República e dos órgãos afins. Mas não. O Presidente pensa que, no fundo, ele próprio é a Lei, sempre que necessário. O que quer dizer que dele depende o todo funcionamento das instituições importantes do Estado.
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