O estilo do Presidente e… o que falta
Das várias marcas que se vão conhecendo no estilo de governação de João Lourenço, há três aparentemente estáveis. O Presidente da República é um homem que diz o que pensa, ainda que as suas certezas contradigam os factos e desafiem, nos seus limites, o discernimento de qualquer animal racional médio. Preciosidades como a “fome relativa” em Angola ou como a nomeação de mulheres “desde que trabalhassem bem” não são acidentes de acasos. Por muito que custe, são reveladoras das convicções de um homem alheado das próprias contradições.
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Também não há dúvidas de que João Lourenço é um chefe que bate de frente e, quando julga necessário, desautoriza ou desaprova auxiliares seus em hasta pública. Fê-lo com o exonerado e condenado Augusto Tomás, no caso da tentativa de criação da transportadora Air Connection Express. Aconteceu com o ministro da Construção e Obras Públicas, a propósito do chumbado Bairro dos Ministérios. Deu-se com o Procurador-Geral da República, quando este admitiu a hipótese de negociação com a empresária Isabel dos Santos. Em todos estes casos – e apenas para citar estes – João Lourenço apareceu publicamente na contramão dos seus auxiliares e não se coibiu de dar o ‘devido puxão de orelhas’ a cada um, aos olhos de todos.
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João Lourenço revela que já pensou no perfil do seu sucessor depois...