O GOVERNADOR DO BNA NÃO FAZ QUEIXINHAS, DÁ RESPOSTAS
O economista Heitor Carvalho faz questão de revisitar sempre que pode um tema caro ao sistema financeiro, a falta de transparência. Numa das suas mais recentes declarações à Rádio Essencial, o director do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola (Cinvestec) pôs os operadores e o Banco Nacional de Angola no mesmo saco: são todos responsáveis pela ausência de transparência no sistema. E, de forma mais específica, no mercado do câmbio.
Rechaçar a tese de Heitor Carvalho é quase uma missão impossível. Em variadíssimas circunstâncias e por razões diversas, também já apontámos aqui a marcada falta de transparência que grassa na governação do BNA. Há uma prática insanável de dois pesos e duas medidas que expõe a céu aberto a mais do que provável interferência política na condução da política monetária e cambial. Mas também e sobretudo na tarefa de regulação dos operadores. Nem a alteração constitucional que lhe distanciou formalmente da sujeição aos caprichos do poder Executivo resolveu o problema. No fundo, é a questão crónica na natureza do regime. Em autocracias, não há entidades públicas autónomas e independentes, muito menos um banco central.
O tema da falta de transparência e para o qual trazemos à colação as críticas do responsável do Cinvestec resume-se, desta vez, na questão cambial. O aspecto fundamental é de racional exclusivamente técnico. De facto, não é compreensível que a taxa de câmbio se tenha mantido praticamente inalterada por longas semanas, antes do anúncio de injecção na banca de 300 milhões de dólares pelo BNA, quando o contexto era e é de uma gritante falta de divisas.
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