TOMÁS FARIA, PRESIDENTE DO PETRO DE LUANDA

“O Petro de Luanda não tem um orçamento definido, a Sonangol dá dinheiro em função dos jogos”

Tornar o Atlético Petróleo de Luanda (Petro de Luanda) num clube com autonomia financeira configura-se num dos seus maiores ‘sonhos’ e para tal recorreu à Lá Liga, de Espanha, para o ajudar a alcançar o objectivo. Tomás Faria revela que o clube não beneficia de um orçamento anual definido, uma vez que a Sonangol disponibiliza os valores ao longo da época, em função dos jogos. Presidir à FAF num futuro é o desafio que não descarta.

“O Petro de Luanda não tem um orçamento definido, a Sonangol dá dinheiro em função dos jogos”

Confirma que o Petro de Luanda recebe da Sonangol cerca de 3 milhões de dólares mensalmente para cobrir as suas despesas?

Eu já expliquei ao Carlos Rosado (jornalista e economista que tornou pública a informação) num fórum em que fomos chamados sobre isso. Ele queria comparar. Se o rival está a viver uma situação, ele queria transportar para aqui. O que eu disse - e que volto a repetir aqui - é que ele não estava a fazer uma análise profissional. Eu vejo quando ele faz análise ao Orçamento Geral do Estado e faz sem uma base de comparação. Ou seja, se eu tiver que comparar o orçamento da Rádio Nacional de Angola (RNA), tenho de comparar com o de uma rádio da dimensão da RNA, que tem várias estações emissoras. Não posso comparar o orçamento da RNA com o da Rádio Ecclésia ou da LAC. Estas rádios não têm emissoras em todas as províncias. Existem parâmetros para fazer comparações. Em primeiro lugar, os objectivos de cada instituição; em segundo, as competições em que participa; em terceiro, as modalidades que cada clube tem.

 Mas os números condizem ou não com a verdade?

Nem podem condizer. Por exemplo, temos cerca de 10 modalidades e depois temos as camadas de formação dessas modalidades. Ou seja, temos cerca de 800 desportistas do clube, durante todo o ano. Se você vai comparar com um clube que só tem futebol sénior, o que são 30 atletas, e mais os treinadores e etc., etc.. Devem ter 40 desportistas. Não se vai comparar com o Sport de Benguela que só joga Girabola. Eu jogo com o Al-Ahly, do Egipto; jogo com o Wydad, do Marrocos. Se você quer saber quanto é que eu gasto e com quem me comparar, tem de me comparar com Wydad, com a Al-Ahly. Se eu vou às meias-finais, tem de me comparar com os que vão a meias-finais. Tem de me comparar com clubes que têm as mesmas modalidades que eu porque, senão, não faz sentido. É uma análise mal-feita.

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