O que ensina George Soros para se atingir a riqueza
ESTRATÉGIA. Ganhou 1 milhão de libras num único dia e a fama de ter sido “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra”, após ter apostado alguns milhões de dólares contra as previsões do banco central inglês de que a libra esterlina se manteria em alta. Conheça os ´segredos´ que permitiram ao multimilionário acumular riqueza.
George Soros defende a tese de que “quem investe já está cansado de saber”. Advoga que estudar o mercado, escolher as melhores aplicações e acompanhar a evolução dos investimentos não é uma tarefa exactamente divertida. E, se for divertida demais ou envolver outras emoções, algo pode estar errado.
A media caracteriza-o como “frio” e “calculista” na forma como realiza os seus investimentos, precisamente para evitar que sentimentos o desnorteiem e distorçam resultados”.
“Ao agir de forma racional, o investidor passa a enxergar com mais clareza os riscos aos quais está sujeito, não deixando que o optimismo por excesso o leve a arriscar demais”.
“Por isso, vale pensar duas vezes”, aconselha Soros, reforçando que “talvez aquele investimento aborrecido e monótono pode trazer retornos mais seguros e consistentes do que aquela aplicação que te obriga a tomar decisões todos os dias e que esconde sempre alguma surpresa”.
“Não há nada errado em correr riscos, desde que não se arrisque tudo”, defende o multimilionário. Ainda que seja possível dizer que Soros é quase a personificação da frase “quem não arrisca não petisca”, já que ele acumulou boa parte de sua fortuna com operações ousadas, também é certo dizer que ele toma riscos sem tirar os pés do chão. Por essa razão, Soros, assim como outros investidores experientes, buscam diversificar os seus investimentos, para que no momento em que uma estratégia se revele errada, outras possam mitigar as perdas.
George Soros é muito conhecido pelo seu perfil agressivo de investimento e por “remar contra a maré”. Criou a teoria da ‘reflexividade’, segundo a qual quando os mercados se afastam do equilíbrio, como num movimento de alta brusca, as próprias atitudes dos participantes contribuem para que esse desequilíbrio seja perpetuado, como um reflexo.
O gestor procura identificar esses movimentos de desequilíbrio e a capacidade que eles têm de se retroalimentar. Por isso, segue algumas tendências, por mais que elas contrariem teses científicas e fundamentos porque, segundo a sua teoria, a própria tendência altera fundamentos e leva a lógica a falhar.
“Existem tendências no mercado que nem sempre são razoáveis”, lembra, salientando que é importante raciocinar muito antes de entrar no investimento sobre o qual todos os seus amigos comentam.
Apesar de ter criado a ‘teoria da reflexividade’, Soros admite que em alguns momentos os seus movimentos não eram muito diferentes de um percurso aleatório.
“Saber que o mercado é imprevisível é uma das principais lições que o investidor deve aprender, tanto para se dar conta de que a sua aposta pode dar errada, quanto para entender que é preciso se prevenir e não concentrar todos os investimentos numa aplicação só”, aconselha.
A fortuna de George Soros é avaliada em 24,2 mil milhões de dólares, segundo a revista Forbes. O 16º mais rico dos EUA nascido em Budapeste Hungria, fugiu do nazismo e depois do comunismo e trabalhou como empregado de mesa antes de se tornar num gestor de um fundo de investimento em Londres, Inglaterra.
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