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O turismo do milagre

03 Apr. 2024 V E Editorial

A sabedoria popular proverbializou num período sem memória que, se os conselhos fossem bons, ninguém os daria de graça. Transformada quase em dogma, essa máxima popular não raras vezes revela-se entretanto falaciosa, de tão categoricamente desmentida pela experiência humana. É que, ao contrário do que fixa o adágio, há conselhos que salvam vidas, que oxigenam governos, que valem mais do qualquer minério ou metal precioso. João Lourenço sabe disso de certeza.

 

O turismo do milagre

Acontece que, quando um jornal se dirige a um Presidente da República, não lhe envia propriamente conselhos. Procura informá-lo, faz críticas, profere elogios, aponta soluções, mostra caminhos ou qualquer coisa próxima disso. Alguém dirá que tudo isso pode significar também conselhos. Que seja. Não discutimos. Este não é ponto.

Se têm sido conselhos, críticas ou sugestões, a verdade é que ao Presidente da República, por diversos meios, já chegou informação bastante sobre as razões de substância que fazem de Angola um país nada atractivo para o turismo. E, mais uma vez, a questão essencial é política.

Tomemos, desta vez, dois simples exemplos conjugados, a instabilidade governativa e o perfil dos governantes. Um regime competente, ainda que autoritário, tem preocupações com a estabilidade governativa. O que significa que, quando elege uma área como prioritária, não se põe a brincar aos experimentos. Faz diagnósticos de fundo, compreende as soluções possíveis e toma decisões consequentes, ao estruturar o perfil dos órgãos ministeriais e ao decidir sobre o perfil dos seus titulares. E, se erros houver, não poderão ser tão persistentes quanto doentios.

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