Operadoras de jogos arrecadam milhões, mas falham compromisso da responsabilidade social
APOSTAS. Regulamento estabelece que os jogos sociais visam “obter recursos para a satisfação das necessidades sociais colectivas e de prossecução do interesse público”. Entretanto, apenas três empresas, segundo O ISJ, contribuíram parcialmente para a responsabilidade social.
O sector dos jogos tem registado crescimento assinável nos últimos anos, com a arrecadação bruta a atingir níveis históricos, graças ao volume movimentado pelo segmento dos jogos sociais remotos em linhas que deixaram para trás os jogos de fortuna ou azar.
No exercício de 2023, a receita bruta dos dois segmentos totalizou 6,3 mil milhões de kwanzas, 5,2 mil milhões dos quais gerados pela produção das dez empresas do segmento jogos sociais remotos em linhas. O segmento dos jogos de fortuna ou azar, com nove operadoras, registou receita bruta de pouco mais mil milhões de kwanzas.
Apesar do valor movimentado, observa-se que as entidades não cumprem rigorosamente com um dos pilares do ESG (governança ambiental, social e corporativa), no caso o pilar social, previsto até pelo regulamento sobre exploração de jogos sociais. Um documento recentemente publicado pelo Instituto de Supervisão de Jogos (ISJ), denominado ‘Panorama do Sector de Jogos em Angola 2023’ assinala uma fraca participação das empresas do sector. Apenas três, todas do segmento dos jogos sociais, prestaram acção de responsabilidade social, mas abaixo da previsão do ISJ.
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