Organizações Ribeirinho investem 571 milhões USD na agro-indústria
AGRONEGÓCIO. Nova aposta visa diversificar a carteira de investimentos do grupo que tinha, até então, como áreas tradicionais de actividade, a construção civil, obras públicas e o comércio.
As organizações Ribeirinho estão a investir cerca de 571,6 milhões de dólares num projecto agro-industrial, localizado na Quiminha, Icolo e Bengo, segundo o porta-voz do grupo, Camilo Carvalho, salientando que a iniciativa se traduz “num contributo para a diversificação da economia nacional”.
Para além da vertente agro-industrial, onde se prevê a criação de um pólo agro-industrial para o fomento da economia agrícola, o projecto integra uma área voltada ao turismo e uma faixa de protecção ecológica.
O pólo agro-industrial está implementado numa área de seis mil hectares a poucos metros da albufeira de Quiminha, “com vista a facilitar a irrigação dos terrenos agrícolas”.
O projecto, segundo o porta-voz das organizações Ribeirinho, prevê igualmente a criação de estufas e agrovilas para servir de apoio aos trabalhadores, assim como de actividades voltadas ao agro-processamento que integra a indústria agrícola, o armazenamento, packing e distribuição.
Na sua globalidade, o projecto está a ser implementado numa área de 15.700 hectares e integra, entre os objectivos, “a protecção dos recursos naturais para permitir o repovoamento das espécies animais nativas”.
Camilo Carvalho destaca que, aliado ao processo de aproveitamento paisagístico e ambiental, numa área de 1.800 hectares, “vão ser erguidos, no local, um hotel, clube náutico, centro equestre, clínica, Spa e residências”, local que espera venha tornar-se num roteiro para nacionais e estrangeiros.
O grupo assegura que dará seguimento a um dos seus mais ambiciosos projectos em Angola: a construção de 60 mil casas, em 10 províncias, num investimento de cinco mil milhões de dólares. O arranque das obras, no entanto, está previsto para o segundo trimestre deste ano, segundo garantias do porta-voz do grupo.
Para responder ao desafio, a empresa promete investir, no mais curto prazo, cerca de 53 milhões de dólares na construção de uma fábrica de elementos pré-fabricados, “com capacidade para atender duas mil moradias e 2,5 mil apartamentos por ano, num único turno de actividade”.
A unidade fabril deverá ser implementada numa área de aproximadamente 20 hectares, prevendo-se que venha a gerar 600 novos postos de trabalho directos.
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