País pede ajuda internacional para lidar com devastação
As enxurradas e os deslizamentos de terra que desde segunda-feira já fizeram mais de 400 mortos em Freetown, capital da Serra Leoa, levaram o Presidente da República daquele país da África Ocidental a lançar um pedido urgente de ajuda internacional.
Ernest Bai Koroma admitiu que o país ficou devastado pelo sofrimento causado pelas intensas chuvas que arrastaram milhões de toneladas de terra sobre os subúrbios pobres da capital serra-leonesa, soterrando centenas de casas e provocando a morte a mais de três centenas de pessoas, dezenas de crianças entre estas.
Este foi o episódio mais trágico ocorrido este ano no continente africano em resultado de fenómenos meteorológicos súbitos. Em resposta à pedido de ajuda do Presidente Koroma, a comunidade internacional já se está a organizar e o primeiro apoio partiu da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no valor de 150 mil dólares norte-americanos, tendo prometido continuar a apoiar com mais dinheiro e meios.
Para além das mortes, a devastação deixou grande parte do país sem telecomunicações e sem água e electricidade na capital, Freetown.
Os prejuízos estão ainda longe de estar calculados, mas a imprensa local já estima que sejam de muitas centenas de milhões de dólares, o que representa a continuação da tragédia devido à frágil situação económica deste pequeno e pobre país da África Ocidental.
A Serra Leoa, conhecida pela qualidade dos seus diamantes, é ainda mais conhecida pela tragédia da guerra civil na década de 1990, deixando dezenas de milhar de mortos, milhares de amputados, com destaque para crianças, e mais de dois milhões de deslocados durante os cerca de dez anos que durou o conflito.
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