Países voltaram a querer petróleo e gás africano devido ao conflito na Ucrânia
O ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné-Equatorial disse hoje que o conflito na Ucrânia pôs fim ao ataque contra os combustíveis fósseis por que a comunidade internacional voltou a virar-se para África em busca de petróleo e gás.
Gabriel Obiang Lima falava hoje em Luanda, num debate sobre a indústria global de petróleo e gás e as oportunidades e desafios que coloca aos produtores africanos, onde participaram também os seus congéneres da Republica Democrática do Congo, Congo e Líbia, bem como Angola, país anfitrião do evento.
Os combustíveis fósseis têm estado a ser atacados, criticou o governante, salientando que "são bons para África" e que os países africanos querem continuar a desenvolver estes recursos, saudando o facto de os ministros africanos deste sector estarem a falar "a uma só voz"
Disse ainda que as prioridades de outros continentes não são necessariamente as de Africa, e que a transição energética não é igual em todos os países, tal como os problemas.
"Cada um tem a sua definição dos problemas e do que é transição energética", realçou, durante a intervenção que foi entusiasticamente aplaudida em vários momentos.
"Queriam que acabássemos com os combustíveis fósseis, por que era mau para o mundo. Nós dissemos que não, não vamos fazer isso. Somos os menos responsáveis pela poluição do mundo, como podem pedir-nos que abandonemos o recurso que permitiu desenvolver os nossos países", atirou.
Assinalou que, em 2021, "durante a pandemia, quando ninguém podia viajar" houve um ataque sem precedente contra os combustíveis fósseis, situação que se inverteu depois de eclodir o conflito na Ucrânia.
Um "ataque sistemático" que acabou em Fevereiro "porque houve um conflito num local muito longe que nem vou dizer o nome", continuou Gabriel Lima
Lusa
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