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Petróleo oferece ‘mil’ oportunidades

WORKSHOP. Administrador da APIEX, Francisco Neto, e coordenador do CAE, Job Vasconcelos, defendem oportunidades de negócio no sector dos petróleos e alertam para a necessidade de diversificação de negócios, além da aposta no “conteúdo nacional” para a redução de custos.

O petróleo oferece uma gama de oportunidades que podem ser desenvolvidas por quaisquer empresários, principalmente os que actuam como prestadores de serviços no sector, “por melhor dominarem a linguagem”. Quem o diz é o administrador executivo da Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações de Angola (APIEX), Francisco Carvalho Neto, que destacou a transformação de resíduos do petróleo entre as oportunidades de negócio.

Francisco Neto, que responde pela érea de promoção e captação de investimentos da APIEX, intervinha num worshop que analisou a conjuntura do sector petrolífero, elegendo possibilidades concretas de investimento em segmentos como a produção de cosméticos, a borracha sintética, lubrificantes, remédios, produtos de limpeza, asfalto, tecido sintéticos, entre outros, apontando para “um grande manancial de oportunidades na indústria petroquímica”.

No evento organizado pelo Centro de Apoio Empresarial (CAE), o administrador da APIEX explicou que as empresas prestadoras de serviço estão enquadradas no regime geral, por não serem operadoras, entendimento contrário à opinião de vários agentes, nesta condição, que reclamam a cobertura pelo regime especial de investimentos, por se encontrarem na mesma indústria que as companhias que exploram o ‘ouro negro’.

Além de aconselhar as empresas nacionais a estarem “devidamente organizadas” com projectos “bem estruturados”, a fim de captarem investimento estrangeiro directo, Francisco Neto notou que, “pelo rigor e pela capacidade tecnológica” que possuem, as empresas prestadoras de serviço nos petróleos teriam mais facilidade para “navegar” em áreas como a agricultura, a indústria e as pescas, num alerta para a necessidade de diversificação dos negócios.

O coordenador do CAE e promotor do evento, Job Vasconcelos, observou, por seu lado, que se regista um aumento no interesse de fornecimento de bens e serviços à indústria petrolífera por parte das empresas, numa altura em que o sector desenvolve um programa de inserção de empresas locais no negócio de hidrocarbonetos. A aposta no “conteúdo nacional” foi uma das recomendações de Vasconcelos, de modo a que as empresas reduzam os custos de pagamento de produtos às operadoras.

Para o próximo mês, o CAE perspectiva a realização de um seminário para abordar o novo modelo reajustado do sector petrolífero, de modo a ajudar os prestadores de serviço a “dissiparem as dúvidas e fazerem a melhor interpretação do novo paradigma do negócio em Angola”.

 

FÓRUM ANGOLA-POLÓNIA

Empresários polacos pretendem investir, em Angola, no domínio da educação, do agroalimentar, das indústrias de mecanagro e pesadas, na mineração e na produção alimentar, avançou o administrador da APIEX Francisco Neto, prevendo que a intenção seja formalizada, no ‘Fórum Económico Angola-Polónia’, a realizar-se a 6 de Julho, em Luanda.

Representantes de mais se 24 empresas polacas estarão no país, nesta altura, e, além de participarem do fórum, deverão deslocar-se a Huíla e Namibe, onde serão canalizados possíveis investimentos.

Na área da educação, o propósito passa pela instalação de uma universidade polaca de referência em Angola, instituição que deverá estabelecer parcerias com universidades nacionais para o intercâmbio de professores e estudantes. É também intenção dos polacos introduzir tecnologias na produção de alimentos e de extração mineira.

O administrador da APIEX adiantou que parte dos empresários polacos estará interessada em fazer investimentos directos e outra em parcerias, tendo antecipado o interesse de várias associações empresariais angolanas de participarem do fórum.