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Petrolíferas unem força contra a crise no offshore angolano

RESTRUTURAÇÃO. Distintas empresas do sector participaram, recentemente, em Luanda, de um seminário, com vista a encontrar soluções conjuntas para atenuar o impacto da baixa do preço do petróleo no mercado internacional.

Uma das conclusões do seminário permitiu a criação de um grupo de trabalho entre operadores, Ministério dos Petróleos e Sonangol, cuja principal tarefa será a de encontrar mecanismos para se “atingir a eficiência na produção em tempos de crise”.

O director da empresa Arani & Siri, Joaquim Santos, disse aos jornalistas que a reunião serviu para analisar medidas, algumas já em execução em outros países, que poderão ser igualmente implementadas em Angola.

“Há uma série de pequenas e grandes medidas que podem ser adoptadas, que podem fazer baixar de forma significativa os custos de produção”, referiu Joaquim Santos, reforçando que “a eficiência da produção pode ser atingida em conjunto com partilha de plataformas e de meios tecnológicos”.

O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, também presente no encontro, reconheceu que “o impacto da baixa de preço do petróleo causou ligeiro abrandamento em vários programas de exploração e obrigou à revisão de alguns projectos de desenvolvimento, sujeitando as previsões de produção a sucessivas revisões”.

Apesar do quadro, o titular da pasta dos Petróleos referiu que “as operadoras têm conseguido reduzir os custos aos níveis entre 25% e 30%”, um cenário que poderá ainda melhorar por força de uma recente legislação, aprovada em Conselho de Ministros.

O ministro fez saber que há três meses, o órgão colegial do Governo aprovou dois decretos, nomeadamente para a exploração em áreas de desenvolvimento e o princípio da tolerância e flexibilidade contratual. Os novos diplomas estabelecem os procedimentos e incentivos para adequação dos termos contratuais aplicáveis às concessões onde corram descobertas marginais. Para além das empresas Arani & Siri e a COO EM&I Group – organizadoras do seminário -, o encontro contou com a presença de técnicos da Sonangol e funcionários séniores do Ministério dos Petróleos.