Já entrou em vigor o Plano Nacional de Fomento das Pescas (Planapescas 2023-2027), que contará com um pacote financeiro de 144 mil milhões de kwanzas (281,7 milhões de dólares) para aumento da produção pesqueira e de sal.

O plano prevê fomentar o sector pesqueiro empresarial, aumentar a produção e transformação do pescado e do sal e contribuir para o desenvolvimento do comércio.

De acordo com um o decreto presidencial que aprova a iniciativa, o país "reúne condições naturais necessárias para que o sector das pescas contribua significativamente para a estratégia de diversificação da economia".

O pacote financeiro será repartido em cinco anos, no montante anual de 28,8 mil milhões de kwanzas, que serão disponibilizados pelo Estado ao sector privado e operacionalizado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) a uma taxa de juros não superior a 7,5%.

Com o plano o Governo estima que até 2027 o sector tenha um crescimento médio anual da produção pesqueira e do sal na ordem dos 4% e 15%, respectivamente.
O Governo prevê ainda que esse 'salto' resulte do crescimento populacional e dos investimentos em fábricas de transformação do pescado. Também está previsto alcançar essa meta por causa da taxa de crescimento populacional de 3% ao ano e o consumo de peixe percapita de 20 kg por ano, entre outros factores.

Até 2027 projecta-se um crescimento médio anual do consumo da produção pesqueira e do sal na ordem dos 3% e 13%, respectivamente

Com os investimentos é esperado um aumento da produção pesqueira das 596 mil toneladas em 2022 para 750 mil toneladas, em 2027, e a produção de sal das actuais 201 mil toneladas para cerca de 472 mil toneladas até 2027.