Plataforma de recolha de lixo com crescimento
Saneamento. Em cerca de 10 meses passou de dois para 20 trabalhadores e a facturação de 150 milkwanzas para um milhão, por mês. Área de actuação estendeu-se para vários bairros, quando, no início, operavam apenas em três
A Plataforma de Recolha de Lixo, denominada Projecto Clean, tem assinalado um crescimento desde que foi criada em meados de 2020. Até Dezembro, tinha dois trabalhadores e contava com um registo de 50 clientes circunscritos em apenas três bairros de Luanda: Nelito Soares, Terra Nova e Bairro Popular.
De início, previa facturar, pelo menos, 150 mil kwanzas, por mês.Passados cerca de 10 meses, a facturação mensal está estimada em mais de 700 mil kwanzas, resultado de contratos com mil residências em vários bairros de Luanda. Mas, além das casas com contratos, também fazem recolha pontualmente a residências sem contrato em troca de 100 kwanzas por dia.
Este valor, no entanto, não entra para a caixa da empresa, de acordo com o responsável do Projecto Clean, Roberto de Almeida. É distribuído para os trabalhadores como “forma de ajudar quando não tiverem dinheiro do táxi e terem algo para comer durante o dia”.
O número de trabalhadores também aumentou. Passou de dois para 20 recolhedores de lixo. “Com o aumento do número de trabalhadores, tivemos a necessidade de aumentar os funcionários. Fizemos uma avaliação a 15 pessoas. Destes apenas quatro se mantêm, os outros fugiram sem dizer nada. Aos que ficaram, a empresa decidiu alugar uma casa e dar comida”, explica.
A empresa tem gerentes de bairro, que controlam os trabalhos de cada funcionário e enviam relatórios semanais aos responsáveis. Os salários oscilam entre os 20 e os 30 mil lwanzas.
Por outro lado, o único equipamento de trabalho resumia-se e um carro de mão retirado de casa, visto que não tinham 80 mil kwanzas para comprar um balde de lixo. Hoje, no entanto, possuem 50 baldes também como resultado de uma parceria com um fornecedor, ao qual recebem o material para pagamento a posterior.
A falta de recolha de lixo e resíduos sólidos no Rangel, Luanda, foi o mote para que os gémeos Roberto de Almeida e Humberto de Almeida, então com 18 anos, criassem, em Novembro de 2020, o Projecto Clean. Os mentores já pensam em expandir-se para fora de Luanda. Roberto de Almeida revela que a intenção é optar pela recolha selectiva, separando os resíduos orgânicos dos não orgânicos.
A caminho da jardinagem
Enquanto isso, a pensar na diversificação do negócio, os dois jovens pensam em apostar na jardinagem. Depois de terem chegado com a recolha de lixo, têm recebido propostas para cuidar da área da jardinagem de cada bloco e vivendas na centralidade do Zango 8000.
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