Porto de Luanda regista um abrandamento na produção em 2015
PERFORMANCE. Os resultados do ano transacto ilustram uma diminuição de actividade portuária nos últimos três anos, com o consequente impacto no volume de negócios destaca o relatório do Porto Comercial de Luanda que no entanto não publica valores de receitas.
O volume de negócios do Porto de Luanda registou uma contracção de 32% em 2015 comparativamente ao ano anterior, situação que está atrelada à crise financeira internacional, indica o último relatório da direcção Comercial, da instituição, a que o VALOR teve acesso.
O relatório da direccção comercial indica que, em 2015, a produção (volume desembaraçado) se situou em 8.9 milhões de toneladas, uma queda de 4.1 milhões de toneladas em relação a 2014, o melhor ano em registo com 13, 06 milhões de toneladas desembaraçadas.
“De um modo geral, os resultados de 2015 ilustram que a produção portuária registou, nos últimos três anos, um menor volume de negócios”, destaca o relatório que não faz qualquer menção ao valor das receitas arrecadadas.
No período em referência, nos cinco terminais portuários atracaram 6562 navios, 900 de longo curso, enquanto de cabotagem (navegação sem perder a costa de vista) e embarcações de passageiros 5662. Menos 235 navios de longo e menos 1357 navios de cabotagem em comparação com período homólogo, considerando que no seu todo em 2014 deram entrada nada mais do que 7019 navios.
Na discriminação do tipo de cargas, dos cerca de oito milhões de toneladas de cargas da produção geral, 2.3 milhões correspondem à carga não contentorizada, que também registou uma baixa de 1.5 milhões comparativamente ao período de 2014. O relatório também especifica que, da produção geral por toneladas, 74.8 mil correspondem a granéis líquidos, sendo 1,1 milhões graneis sólidos. O valor de carga geral fraccionada foi de 1.2 milhões mais, 6.6 milhões de carga contentorizada.
Por último, lê-se no relatório que a crise financeira teve um papel fundamental na baixa de navegação que se tem verificado, motivando a ociosidade nos cais operativos, onde os navios de longo curso apresentaram baixas de 21%, e os de cabotagem de 19%.
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